Lula e presidentes da América do Sul se reúnem no Itamaraty
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Há cerca de dez dias, durante jogo do campeonato espanhol, torcedores do Valencia praticaram atos racistas contra o brasileiro. Alguns foram identificados e presos.
O governo brasileiro cobrou de autoridades espanholas e esportivas a adoção de medidas para punir os responsáveis e evitar que novos atos aconteçam.
“O racismo transcende fronteiras, como ficou demonstrado nas constantes ofensas sofridas pelo jogador brasileiro Vini Junior. A lição que podemos tirar desses imperdoáveis episódios é que, se Vini Júnior, um jovem de 22 anos, é capaz de insurgir contra multidões hostis, não resta dúvida de que podemos e devemos fazer mais para interromper esse circuito desumanizador da violência”, afirmou o presidente Lula no vídeo exibido na ONU.
O vídeo foi exibido durante reunião do Fórum Permanente de Afrodescendentes, na sede da ONU, em Nova York (EUA).
Nesta quarta, Lula se reuniu em Brasília com presidentes de países da América do Sul. A delegação brasileira foi representada pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Ainda no vídeo exibido nesta quarta, Lula afirmou que o Brasil está de “portas abertas” para receber uma reunião do Fórum de Afrodescendentes e que, se houver participação da comunidade internacional na luta contra o racismo, será possível “virar o jogo”.
“A delegação brasileira, sob a liderança da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reitera seu compromisso com a bandeira da igualdade racial no âmbito nacional e internacional, deixando as portas abertas para a realização da sessão do Fórum no Brasil”, afirmou o presidente.
“Com a participação de cada uma e cada um de vocês nessa luta, estou certo de que vamos virar o jogo contra o racismo”, completou.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco — Foto: Luiz Felipe Barbiéri/g1
Após a exibição do vídeo de Lula, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, disse que o governo brasileiro buscará atuar como líder global no combate ao racismo.
Em um discurso em inglês, Anielle disse também que a redução das desigualdades social, de gênero e econômica só serão “eficazes” se o tema do combate ao racismo estiver na “centralidade” da geopolítica global.
“As marcas do colonialismo e a escravização de africanos e afrodescendentes têm profundo efeito em comunidades e países ao redor do mundo. Levantamos aqui a oportunidade de promovermos um esforço global para marcar a memória de nosso passado, apontando as contradições do presente sem perder o trilhar de um caminho de futuro de mudanças e transformações para nossos povos”, afirmou a ministra.
Anielle Franco embargou a voz no discurso ao dizer que a paz, a democracia, a segurança internacional, o combate às desigualdades e a garantia de direitos humanos “só irão coexistir quando os séculos de racismo sistêmico” forem reparados. Nesse instante, a ministra foi aplaudida pelos presentes.
Anielle Franco também citou o caso Vini Júnior e afirmou que o jogador foi alvo de “ódio, violência e agressões” no estádio.
“A herança da colonização e a desumanização dos afrodescendentes permanece nas nações que hoje lideram debates mundiais sobre o futuro do planeta. Seja no Brasil ou na Espanha, todos os governos, repito, todos, devemos priorizar em nossas políticas internas e externas o combate e a superação do racismo, da xenofobia e do discurso de ódio como pilares centrais de nossas democracias”, declarou.
Por: G1
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Waldir Nascimento
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Paulinha Esteves
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