Uma moradora de Guarujá, no litoral de São Paulo, denuncia agressões de agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) contra o filho dela, de 16 anos. Ao g1, a vendedora, de 35, que prefere não ser identificada, contou que o adolescente estava voltando da escola quando foi abordado. Na cidade, acontece uma operação policial estabelecida após a morte de um PM da Rota.
“Mandaram meu filho deitar no chão. […] Começaram a agredir meu menino com chutes e pontapés”, descreveu a mãe.
A família registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal no 2º DP de Guarujá e fez uma denúncia à corregedoria da GCM. “Quero que o culpado seja encontrado e pague pelo que fez. Isso não vai ficar impune”, afirmou a mulher, garantindo que irá lutar pelos direitos que ela possui enquanto cidadã.
Ao fazer a manobra, ele foi abordado pela equipe da Ronda Ostensiva Municipal (Romu), que pediu para o jovem parar a bicicleta. “Apontaram as armas para o meu filho. Ele não conseguiu parar porque o freio está ruim. Então, meu filho veio a colidir no carro deles”, afirmou a vendedora.
De acordo com a mulher, o adolescente relatou que os guardas chutaram a bicicleta dele e o mandaram deitar no chão. Em seguida, começaram a desferir chutes e pontapés, chegando inclusive a prender o adolescente contra o solo.
“Começaram a falar um monte de coisa, mas meu filho estava nervoso e não conseguiu ouvir muita coisa”, disse a mãe da vítima. Somente após as agressões, os agentes pegaram a mochila que estava com o jovem para verificar o que tinha dentro. No entanto, a equipe encontrou apenas material escolar.
Desta forma, os agentes questionaram o nome do adolescente e de onde tinha saído. Ao ouvirem as respostas, eles pediram para o jovem ficar de costas. “Falou: ‘só vira quando a gente for embora’. Entraram no carro e foram”.
Ao chegar em casa, o menino mostrou as marcas das agressões e relatou o ocorrido à mãe. “Ficou com hematomas no corpo e no psicológico. Não é fácil. A gente, que é mãe, fica sem reação. […] Me tremia inteira”, relembrou a vendedora.
Ela garante que sempre ensinou os filhos a seguir pelo caminho certo e a rotina do jovem é escola, casa, trabalho e igreja. “Numa dessas, meu filho simplesmente ser agredido sem nem ter a chance de se explicar, mostrar documento. Não teve a chance de nada. Primeiro foi agredido para depois perguntarem o nome e de onde estava vindo”.
Para a mulher, o sentimento é de revolta. “Fico desapontada porque quem teria que nos proteger está fazendo o contrário. Estão usando a autoridade que eles têm para fazer coisa errada”, concluiu.
A família registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal no 2º DP de Guarujá e fez uma denúncia à corregedoria da GCM.
“Quero que o culpado seja encontrado e pague pelo que fez. Isso não vai ficar impune”, afirmou a mulher, garantindo que irá lutar pelos direitos que ela possui enquanto cidadã.
Procurada pelo g1, a Prefeitura de Guarujá informou que a reclamação foi formalizada junto à Corregedoria da GCM, “que promoverá a devida apuração dos fatos”.
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