G1 Mundo

Ex-líder paramilitar diz que nos anos 1990 tinha ordem para matar Gustavo Petro, hoje presidente da Colômbia

today17 de maio de 2023 11

Fundo
share close

Em 2006, os grupos armados da Colômbia foram desmobilizados após um acordo com o governo da Colômbia, então presidida por Álvaro Uribe. Até então, o país vivia um conflito armado entre os paramilitares, apoiados pelas forças de segurança, e as guerrilhas de esquerda.

O atual presidente, Gustavo Petro, foi guerrilheiro de um grupo chamado M-19, mas ele largou as armas em 1990, décadas antes do acordo de paz de 2006.

Mesmo assim, ele era um alvo de um grupo paramilitar chamado Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), que era liderado por Salvatore Mancuso.



Havia um outro homem que era alvo dos paramilitares e, hoje, é uma autoridade do governo: Álvaro Leyva, o atual ministro de Relações Exteriores.

Gustavo Petro toma posse como presidente da Colômbia

Gustavo Petro toma posse como presidente da Colômbia

Antigo órgão do governo que deu a ordem para matar

A ordem para matar Petro foi dada por um diretor do Departamento Administrativo de Segurança (DAS), a unidade de inteligência da época.

O DAS foi dissolvido em 2011 por um escândalo de espionagem de juízes, políticos opositores e ativistas dos direitos humanos durante o governo Uribe.

Mancuso está preso nos EUA

Mancuso deu um depoimento que durou quatro dias na Jurisdição Especial para a Paz (JEP), um tribunal responsável por investigar os piores crimes do conflito colombiano.

Mancuso, de 58 anos, está preso nos Estados Unidos. Ele prestou o depoimento por videoconferência. Ele foi extraditado em 2008 quando apresentava sua versão sobre os crimes cometidos durante o processo de paz com as AUC. O ex-comandante paramilitar foi condenado nos EUA a mais de 15 anos de prisão e agora tenta recorrer à JEP para tentar obter benefícios, como penas alternativas à prisão, em caso de um eventual retorno à Colômbia.

O presidente Petro reagiu às declarações do ex-paramilitar no Twitter.

“Segundo Mancuso, José Miguel Narvaéz, do DAS, ordenou meu assassinato. O DAS determinava minhas escoltas. Conseguimos informações prévias sobre as operações contra mim sem a ajuda dos governos e conseguimos impedi-las”, afirmou o primeiro presidente de esquerda da Colômbia.

O ex-comandante paramilitar insistiu em seu depoimento na cumplicidade da polícia, do exército, da classe política e de parte da imprensa nos crimes das AUC.

Quase 30 mil paramilitares entregaram os fuzis em 2006. De acordo com o Centro de Memória Histórica são responsáveis por mais de 94.000 mortes durante a prolongada guerra interna na Colômbia.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.

Avalie

Post anterior

elizabeth-holmes,-fundadora-de-empresa-de-tecnologia-condenada-por-fraude,-devera-pagar-r$-2,2-bi-as-vitimas

G1 Mundo

Elizabeth Holmes, fundadora de empresa de tecnologia condenada por fraude, deverá pagar R$ 2,2 bi às vítimas

Elizabeth Holmes, uma ex-estrela do setor de tecnologia do Vale do Silício, nos Estados Unidos que foi condenada por fraude, já tem data para começar a cumprir sua pena, 30 de maio, e um valor que deverá pagar como ressarcimento às vítimas, US$ 452 milhões (em torno de R$ 2,2 bilhões na cotação atual). Na terça-feira (17) o juiz negou o último pedido de Holmes para aguardar em liberdade o […]

today17 de maio de 2023 10

Publicar comentários (0)

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.


0%