Elizabeth Frawley Bagley deu a declaração durante entrevista na sede da embaixada dos Estados Unidos, em Brasília.
“Ficamos muito felizes de fazer parte [do fundo]. O Congresso dos Estados Unidos vai tomar as decisões, e eles poderão e farão a determinação dos valores exatos autorizados, a Casa Branca e o Congresso. Primeiro, a Casa Branca, e depois, o Senado, trabalharão juntos para estabelecerem os valores exatos”, declarou a embaixadora.
“Prevemos que nas próximas semanas o valor será divulgado. Estamos muito entusiasmados”, acrescentou Elizabeth.
Na semana passada, o presidente Lula viajou a Washington e se reuniu com o presidente dos EUA, Joe Biden.
Após o encontro, os Estados Unidos anunciaram intenção de contribuir com o fundo, mas não informaram o valor. Segundo o blog da Julia Duailibi, no g1, o montante deve ser de US$ 50 milhões.
Criado em 2008 para financiar projetos de redução do desmatamento e fiscalização do bioma, o Fundo Amazônia ficou parado entre 2019 e 2022, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao tomar posse em janeiro deste ano, o presidente Lula determinou a reativação do fundo.
Diante da decisão de Lula, Noruega e Alemanha (principais doadores) anunciaram a retomada dos repasses. A União Europeia também já anunciou intenção de contribuir com o fundo.
Lula e Biden no Salão Oval da Casa Branca, durante reunião nesta sexta-feira (10), em Washington. — Foto: Jonathan Ernst/Reuters
Elizabeth Frawley Bagley citou os atos terroristas de 8 de janeiro em Brasília, praticados por vândalos bolsonaristas radicais, e a invasão do Congresso americano em 6 de janeiro de 2021.
“Os dois [Biden e Lula] falaram [na reunião que tiveram] sobre o efeito da desinformação e da informação errada não apenas na campanha, mas sobre as subsequentes repercussões de tudo isso, como aconteceu no dia 6 de janeiro nos Estados Unidos e em 8 de janeiro no Brasil, além das dificuldades que surgem quando a democracia é desafiada ao redor do mundo”, declarou a embaixadora.
“Acho que há muitas coisas em comum entre eles, e o presidente Biden vê o presidente Lula como um líder regional e global e quer trabalhar com ele para defender a democracia”, acrescentou.
Questionada se há alguma medida já definida, ela disse que “ainda não há nada específico”.
Segundo a embaixadora, Joe Biden aceitou o convite de Lula para visitar o Brasil, mas que ainda não há data definida.
Elizabeth Bagley disse também que os Estados Unidos querem formalizar parcerias com o Brasil em áreas como:
- clima;
- governança global;
- Conselho de Segurança das Nações Unidas;
- combate à discriminação racial;
- democracia.
“A reunião de sexta [entre Biden e Lula] foi uma das mais significativas entre um presidente dos Estados Unidos e um presidente do Brasil em anos, provavelmente décadas. Para os Estados Unidos, a reunião mostrou a verdadeira parceria que existe entre nossos países e o incrível potencial para Estados Unidos e Brasil trabalharem juntos”, completou.
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