Um empreiteiro, de 48 anos, foi internado em estado grave após um cano de gás explodir durante uma obra em Santos, no litoral de São Paulo. Conforme apurado pelo g1 nesta sexta-feira (24), Alexandre de Jesus Mota estava cortando um piso e atingiu a tubulação.
“Houve uma explosão e uma labareda de fogo muito grande. Derreteram os braços dele, a palma da mão, pegou o rosto todinho. O estado dele não está bom”, afirmou o irmão e sócio de Alexandre, José Agnaldo de Jesus Santos, de 43.
Os irmãos foram contratados por um condomínio no bairro Boqueirão. O serviço previa trocar uma pia de lugar em um cômodo usado pelos funcionários do edifício.
José explicou que Alexandre começou a cortar o chão e estourou um cano de água. “Ele se molhou todo, era Deus preparando ele para o que ia vir”. A vítima continuou o trabalho, na última quarta-feira (22), quando foi surpreendida ao atingir outra tubulação, desta vez de gás.
A equipe de reportagem teve acesso a um áudio enviado por Alexandre ao irmão após a explosão.
“Mano, eu estava cortando aqui e passaram uma tubulação de gás dentro do banheiro. Ninguém sabia meu irmão. Deu uma explosão aqui, me queimou a cara toda, os braços, estou todo queimado”, disse o empreiteiro com a voz ofegante.
Alexandre de Jesus Mota foi internado após um cano de gás explodir em cima dele em Santos (SP) — Foto: Arquivo pessoal
O ajudante de Alexandre conseguiu se esconder atrás de uma parede e não foi atingido pelo fogo. O registro da tubulação de gás foi fechado pelo zelador do prédio ao escutar o pedido de ajuda da vítima.
Em nota, a Prefeitura de Santos informou ao g1 que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendeu a ocorrência e a vítima foi levada à Santa Casa da cidade. A unidade de saúde, por sua vez, afirmou que o paciente deu entrada consciente e estável.
Alexandre permaneceu internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com acompanhamento da equipe multiprofissional do hospital.
De acordo com a Santa Casa de Santos, mais informações não podem ser passadas, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Ao g1, José disse que a síndica não sabia da existência daquele cano de gás. Apesar disso, ele pretende registrar um boletim de ocorrência contra a administração do prédio. “Foi um erro muito grave ninguém saber se aquele cano passava ali ou não. Poderia ter custado uma vida”, explicou.
O irmão e sócio da vítima ressaltou estar apreensivo pelo estado de saúde de Alexandre, bem como com o impacto financeiro à família da vítima, que tem uma esposa, sete filhos e dois enteados.
A equipe de reportagem tentou contato com a administração do edifício, mas não a localizou até a última atualização desta matéria.
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Por: G1
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