A decisão veio depois que o Iraque garantiu à Suécia que romperia relações diplomáticas se um Alcorão fosse queimado novamente no país nórdico.
Horas antes do anúncio do governo, centenas de pessoas invadiram a embaixada sueca em Bagdá e atearam fogo em um protesto contra os planos de queimar uma cópia do Alcorão em Estocolmo ainda nesta quinta-feira.
Manifestantes iraquianos protestam na frente de embaixada da Suécia em Bagdá em 20 de junho de 2023 — Foto: Sajjad Hilfi/via REUTERS
O ministro das Relações Exteriores da Suécia, Tobias Billstrom, disse que os funcionários da embaixada estão seguros, mas que as autoridades iraquianas falharam em sua responsabilidade de proteger a embaixada de acordo com a Convenção de Viena.
O governo iraquiano condenou veementemente o incêndio da embaixada sueca, de acordo com um comunicado do gabinete do primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia Al-Sudani, que declarou uma violação de segurança e prometeu proteger as missões diplomáticas.
Manifestantes iraquianos sobre a embaixada sueca na madrugada de 20 de junho de 2023 — Foto: Sajjad Hilfi/via REUTERS
A manifestação desta quinta-feira foi convocada por apoiadores do clérigo xiita Muqtada al-Sadr para protestar contra a segunda queima planejada do Alcorão na Suécia em semanas, de acordo com postagens em um popular grupo do Telegram ligado ao influente clérigo e outras mídias pró-Sadr.
A polícia sueca concedeu na quarta-feira uma permissão para uma reunião pública do lado de fora da embaixada iraquiana em Estocolmo para esta quinta-feira, mostrou a permissão da polícia, e espera-se que apenas duas pessoas participem.
A agência de notícias sueca TT informou que os dois planejavam queimar o Alcorão e a bandeira iraquiana na reunião pública, e a dupla incluía um homem que havia incendiado um Alcorão do lado de fora de uma mesquita de Estocolmo em junho.
Testemunhas disseram para a agência de notícias Reuters que os manifestantes não queimaram o livro, mas o chutaram e o destruíram parcialmente.
Em meados de janeiro deste ano, um político de extrema direita da Suécia protestou contra a recusa da Turquia para a ingressão do país nórdico à Otan.
Como resposta, Rasmus Paludan, queimou uma cópia do Alcorão, o livro sagrado dos islâmicos, grande maioria na sociedade turca.
A atitude, porém, afetou outros países de maioria islâmica. Entre eles o Iraque.
Apesar dos conflitos diplomáticos, a polícia sueca não negou manifestações futuras que pretendiam fazer a mesma coisa.
A posição causou mal-estar nos países de maioria islã.
Todos os créditos desta notícia pertecem a
G1 Mundo.
Por: G1
Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.
Publicar comentários (0)