O ativista é Issa Amro. Ele estava dando entrevista aos jornalistas Lawrence Wright, da revista “The New Yorker”, e Barbara Debeuckelaere quando foi agarrado pelo soldado pelo paletó e jogado no chão. O militar, então, chuta as costas de Amro. Depois disso, um outro soldado puxa o agressor. O fato aconteceu em Hebron.
Apesar de o soldado ter agredido o entrevistado, o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, apoiou o militar. Debeuckelaere disse que o ato a chocou profundamente.
Lawrence Wright afirmou, no Twitter, que essa foi a primeira vez que uma fonte dele foi agredida na sua frente. “Um soldado israelense que interrompeu minha entrevista fez isso”, afirmou Wright no Twitter. Wright é um repórter especializado no Oriente Médio e em religião.
Amro disse que se sentiu inseguro durante o incidente. “O soldado era selvagem e não se importava com a presença de um proeminente jornalista internacional, eles não se importam mais nem com as câmeras”, disse.
O que diz o governo de Israel
O Ministério de Segurança Nacional disse que o incidente ocorreu porque o palestino não se afastou de um posto militar. O soldado teria pedido para que o ativista se afastasse, mas, segundo as autoridades israelenses, “o palestino começou a gravar e xingar o soldado. Seguiu-se um confronto verbal, que logo se tornou um confronto físico, durante o qual o soldado agrediu o palestino”, afirmou, em comunicado.
“Como mostra o vídeo, o soldado não agiu como esperado e não seguiu o código de conduta das IDF (Forças de Defesa de Israel)”, diz o comunicado dos israelenses.
Wright disse que isso “deturpou” o que aconteceu: “Todo o episódio foi iniciado pelo próprio soldado, e não houve nada que Issa Amro tenha feito que provocasse uma reação tão violenta”, disse ele, acrescentando que o soldado se tornou “agressivo” depois de exigir que o vídeo do incidente fosse deletado.
Os militares se recusaram a comentar mais.
O ministro da Segurança Nacional chamou a punição ao soldado – que incluía a suspensão das funções de combate ativo – uma “desgraça” e descreveu Amro como um anarquista.
“Apoio totalmente o soldado, que não ficou calado. Os soldados merecem ser apoiados, não presos”, tuitou o ministro Ben-Gvir.
Amro, descrito por Wright como um ativista da paz, twittou: “Os soldados estão ouvindo, Itamar Ben-Gvir não seus comandantes de ocupação militar.”
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Por: G1
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