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Médica brasileira se abriga em banheiro de hotel durante terremoto no Marrocos

today10 de setembro de 2023 7

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Quando tudo começou a tremer em Marraquexe, no Morrocos, na noite de sexta-feira (8), a médica Bianca Ludemberg e o marido não perceberam de imediato o que estava acontecendo.

“Demorou um pouco para a gente entender que era um terremoto de fato, e nos escondemos no batente da porta do banheiro”.

O casal de São Paulo estava hospedado no centro de Marraquexe, cidade tombada pela Unesco que teve cerca de um terço da população afetada pelo tremor. Eles estão a turismo no país.



“Foram 15 segundos que demoraram [como se fosse] 15 minutos, foi o tempo de colocar um tênis, pegar o passaporte, sair correndo e ficar no pátio do hotel”, conta a médica. Ela e o marido passaram a noite de sexta para sábado na rua, ao relento, junto com a população marroquina.

No sábado (9), ela e o marido conseguiram sair da cidade e chegaram a Merzouga, a mais de 500 km de Marraquexe.

O sismo — de magnitude 6,8 — fez com que as pessoas corressem para as ruas de Marraquexe e de outras cidades próximas. A estimativa é de que um terço da população da cidade tenha sido afetada – cerca de 300 mil pessoas.

O rei Mohammed 6º declarou três dias de luto nacional e determinou o fornecimento de abrigo, comida e outras formas de ajuda aos sobreviventes.

Muitas das mortes ocorreram em áreas montanhosas de difícil acesso. Há também o registro de 1.400 pessoas gravemente feridas. A maioria das vítimas mais está nas províncias ao sul de Marrakech.

O terremoto ocorreu pouco depois das 23 horas, no horário local (19h de Brasília), a uma profundidade relativamente rasa, a cerca de 71 km a sudoeste de Marraquexe, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.

O Ministério do Interior afirma que a província de Al Haouz tem o maior número de mortos, seguida pela província de Taroudant.

Acredita-se que muitas casas simples de tijolos de barro, pedra e madeira em aldeias montanhosas tenham desabado, mas levará algum tempo até que se conheça a escala da devastação em áreas remotas.

A repórter marroquina Aida Alami cresceu em Marrakech e tem mantido contato com os pais, que moram na cidade. Ela diz que o terremoto foi totalmente inesperado.

“Não é um país onde as pessoas saibam o que fazer em caso de terremotos. As pessoas só ficam do lado de fora. Elas estavam realmente preocupadas com os tremores secundários e não sabiam o que fazer e ninguém lhes dizia o que fazer”, afirmou ela.

Em Marraquexe, mulher olha escombro de edifício destruído pelo terremoto que atingiu o Marrocos na noite deste sábado (9). — Foto: Fadel Senna/AFP




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Por: G1

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