Rômulo foi sozinho ao Catar com a esperança de ver o hexa do Brasil — Foto: Arquivo Pessoal/Rômulo Garcia
Rômulo é professor de matemática em cursos preparatórios para vestibulares, como o Enem. O torcedor só pode estar presente no Catar por causa da data em que a Copa está sendo realizada, fim do ano, após as provas do exame nacional.
Ele viajou sozinho, como já fez por vezes, e está muito feliz com a viagem. O torcedor explicou que já viajou para mais de 60 países, diversos deles por causa de futebol.
Até o momento, o brasileiro assistiu 10 partidas da copa, duas delas do Brasil, contra as seleções da Sérvia e Suíça. O fácil deslocamento dentro do Catar facilita a locomoção:
“A vantagem fantástica é poder ir nos oito estádios de Copa do Mundo, assistir a dois, três, quatro jogos por dia. Além disso, você não gasta para se locomover se tiver o cartão para entrar no país. Você consegue chegar rápido a quase todos os estádios”, explicou.
O transporte gratuito e ágil também tem relação com a identificação de imigrantes com o Hayya Card (documento dos visitantes da Copa), ponto positivo do torneio citado por Rômulo.
Mesmo com a boa infraestrutura, o torcedor aponta uma questão negativa no país-sede que, segundo ele, não passa a energia tão peculiar do futebol.
O professor disse ser mais comum encontrar indianos, paquistaneses e outros nativos asiáticos, do que propriamente a população catare. Desses, a maioria, na visão dele, torce para a Argentina e o próprio Brasil.
Ele contou ao ge que, apesar de entender a decisão da diretoria e achar que o nível de atuação da equipe caiu ao fim da temporada, gostaria que o técnico campeão da Libertadores e da Copa do Brasil em 2022 seguisse no cargo.
“Eu preferia continuar com ele, apesar do Flamengo estar jogando mal. Ele pegou um time completamente destroçado e fez o Flamengo ganhar dois títulos. O time esteve muito bem nas copas. Se fosse eu, preferia que ele ficasse”, finalizou.
A princípio, Rômulo não sabia se aquele era um flash ao vivo ou se era gravado e, por isso, não tinha certeza se a intervenção seria exibida. No entanto, bastaram alguns minutos para que as notificações começassem a chegar.
Segundo o juiz-forano, não era a intenção passar em rede nacional. A repercussão ainda gerou um vídeo publicado no Instagram do ge.
Em outro momento, o professor tietou o astro do Fluminense German Cano, durante a estreia da Seleção Brasileira contra a Sérvia na última quinta-feira (24), no Estádio Lusail.
Inicialmente, Cano teria ficado um pouco relutante por estar diante de um rubro-negro. No entanto, com jeitinho, Rômulo conseguiu tirar foto com o jogador e com a família dele, incluindo o filho Lorenzo, fazendo o “L”, sinal característica do centroavante tricolor ao marcar gols, em homenagem ao menino.
Rômulo Garcia posa pasa e faz o “L” com German Cano, artilheiro do Fluminense — Foto: Rômulo Garcia/Arquivo pessoal
“Sem dúvida, caberia no Flamengo, até mesmo porque, com o time jogando quatro competições simultâneas, esse rodízio seria importante. Bruno Henrique está voltando aí, mas ter o Cano como reserva de luxo ou se revezando com o Pedro seria algo fantástico”, brincou ele sobre o atacante do Flu defendendo o Flamengo.
A paixão pela equipe carioca, inclusive, já tinha levado o professor ao Catar, no Mundial de Clubes de 2019, vencido pelo Liverpool, contra o próprio Flamengo.
Além do país asiático, o torcedor já rodou o mundo, visitando mais de 60 nações diferentes.
Torcedores da região na Copa do Catar
Além de Rômulo, o torcedor Gustavo Ferreira, de 33 anos, empresário de São João Nepomuceno, também acompanha o mundial. O mineiro viu o 7 a 1 diante da Alemanha, mas também outras partidas da Seleção ao longo das últimas copas, incluindo a estreia contra a Sérvia.
“Estava na terceira fileira, ao lado do gol. Vi cada detalhe. Explodimos de gritar e de nos abraçar, pois foi um golaço! Que energia!”, completou.
Torcedor se misturou aos demais torcedores do Brasil no Catar — Foto: Arquivo Pessoal/Gustavo Ferreira
A próxima partida é o embate entre Brasil e Camarões, além do confronto entre o 1º colocado do grupo G e o 2º do grupo H, que deve ter a Seleção Brasileira.
“Para o jogo de Brasil e Suíça não conseguimos ingressos, o Estádio 974 tem uma capacidade baixa, pois será desmontado após a Copa. Então muitos brasileiros não conseguiram ingressos”, lamenta.
O mineiro da Zona da Mata já acompanhou o torneio em outras duas oportunidades, a primeira ainda no Brasil, em 2014, edição marcada pela derrota por 7 a 1. A partida histórica ficou na mente do Gustavo, mas não o impediu de buscar o hexa em outros países.
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