Neymar Jr oficializou nesta segunda-feira (14) sua transferência para o clube saudita Al-Hilal. Com um contrato avaliação em 320 milhões de euros (R$ 1,7 bilhão), o jogador entra para a lista de aquisições do mercado da bola saudita.
O investimento no esporte – tanto na compra de jogadores, como no financiamento do governo em clubes sauditas – faz parte de um projeto para mudar a imagem do país a longo prazo. É o que explica o jornalista Rodrigo Capelo em entrevista a Natuza Nery.
“Como negócio de futebol, a conta não fecha. Mas para um fim político do país, de diplomacia, aí a gente começa a entender do que se trata esse jogo.”
O futebol brasileiro, no entanto, deve sentir os efeitos de uma possível inflação no esporte.
“O Campeonato Brasileiro, que era o sexto do mundo, talvez passe pra sétimo. A liga da Arábia Saudita parece estar fazendo tudo direitinho e com muito dinheiro. A gente vai perder o nosso lugar. A gente não vai nem mais conseguir chegar numa final de Mundial de Clubes porque vai perder sempre na semifinal para o clube da Arábia, que vai vir com muito dinheiro.”
Capelo avalia ainda que, embora vantajosa em níveis financeiros, a contratação de Neymar representa também o “apequenamento” do jogador.
“Quando você vai jogar em um mercado emergente, o nível de desafio é menor”, explica Capelo. “Ele deixa de jogar com os principais jogadores do mundo, deixa de ser treinado pelos principais técnicos do mundo.”
Messi e Neymar — Foto: Sarah Meyssonnier/Reuters
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