ONU alerta sobre violência sexual contra mulheres e meninas no Sudão

29 especialistas em Direitos Humanos independentes nomeados pelas Nações Unidas emitiram um comunicado conjunto. Segundo eles, há relatos consistentes de que mulheres e meninas têm sido exploradas sexualmente. Centenas teriam sido detidas e estão sendo mantidas em condições desumanas, sujeitas a agressão sexual e até a escravidão sexual.

Oficialmente, as chamadas Forças de Apoio Rápido dizem ter uma política de tolerância zero para violência sexual. As testemunhas, no entanto, têm atribuído a culpa a esse grupo paramilitar, que está envolvido em uma disputa de poder com o exército sudanês.

De acordo com os especialistas da ONU, paramilitares estão usando estupro e violência sexual para punir e aterrorizar a população. Em alguns casos, haveria ainda motivação étnica e racial.

Essas denúncias acontecem meio ao conflito que dura quatro meses no no Sudão. Essa guerra já deixou pelo menos 4 mil mortos e forçou mais de 4 milhões de pessoas a fugirem de casa – sendo mais de um milhão para países vizinhos.