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Osiris-Rex: cápsula com amostras de asteroide que pode atingir a Terra faz pouso bem-sucedido no deserto dos EUA

today24 de setembro de 2023 18

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Ela foi lançada pela espaçonave Osiris-Rex quando a sonda passou por nosso planeta neste domingo (24/9), a etapa final de uma missão que durou sete anos.

As amostras voltaram para a Terra dentro de uma cápsula, para protegê-las durante sua descida à Terra.

Segundo a Nasa, não há sinais de danos à estrutura; ela está em perfeito estado.



Os cientistas esperam que o material revele novas informações sobre a formação dos planetas há 4,5 mil milhões de anos, e possivelmente até forneça informações sobre como a vida começou no nosso mundo.

O pouso ocorreu em uma área do deserto de Utah, pertencente ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos, às 08h52 (11h52 de Brasília).

A cápsula levou 13 minutos para atravessar a atmosfera da Terra.

Ela tem o tamanho de um pneu de carro e se moveu inicialmente a mais de 12 km/s (43.200 km/h) com um pico de aquecimento superior a 3.000°C.

Mas uma combinação de escudo térmico e pára-quedas permitiu que ela caísse em segurança na planície desértica.

O pára-quedas que ajudou a retardar sua descida se desconectou, mas foi avistado perto do local de pouso.

Uma cápsula que transporta detritos rochosos do asteroide Bennu está prestes a cruzar o céu acima de Utah — Foto: NASA

A sonda Osiris-Rex deixou a Terra em 2016 para investigar o asteroide Bennu, que tem uma probabilidade muito pequena de atingir o nosso planeta no final do próximo século.

As chances de colisão são, segundo os cientistas da Nasa, de uma em 1.750 nos próximos 300 anos ou mais, e a data que mais os preocupa é 24 de setembro de 2182.

Para se ter uma ideia dessa probabilidade, é o mesmo que jogar uma moeda e obter cara 11 vezes seguidas.

É um risco pequeno, mas que os cientistas estão levando muito a sério, porque o impacto de uma rocha espacial com 500 metros de largura poderia causar uma devastação total numa cidade do tamanho de São Paulo, por exemplo.

Portanto, faz sentido entender a fundo esse asteroide.

Se soubermos do que ele é feito, poderemos encontrar maneiras de pará-lo — caso seja necessário.

A espaçonave levou dois anos para alcançar Bennu e outros dois observando a “montanha espacial” antes de fazer uma série audaciosa de manobras para coletar os materiais de sua superfície.

Tudo o que restava, portanto, era trazer essas amostras — cerca de 250g em massa — com segurança para o solo da Terra.

Pouco antes das 5h (8h de Brasília), a Nasa confirmou que a espaçonave havia lançado a cápsula em direção à Terra, e que a sonda também havia feito uma manobra de desvio para garantir que poderia passar por nosso planeta.

Nasa lança sonda em direção a asteroide Bennu

Nasa lança sonda em direção a asteroide Bennu

As equipes de recuperação estavam confiantes, mas sabiam que nada podia ser dado como garantido.

Permanecia vivo na memória dos cientistas o que aconteceu com a Genesis, uma cápsula que em 2004 trouxe amostras do vento solar.

Seu pára-quedas não abriu, e a cápsula atingiu o solo a mais de 300 km/h, abrindo seu conteúdo.

Os meteorologistas do Campo de Testes e Treinamento de Utah colocaram balões meteorológicos nos últimos dias para obter as informações mais recentes para ajudar a prever a posição final de lançamento.

Com a previsão de ventos fracos, consideraram improvável que a cápsula fosse empurrada para fora de sua rota.

O maior problema é toda a chuva que o deserto sofreu este ano. Há poças e bastante lama.

As equipes de recuperação se deslocaram até o local do pouso em helicópteros — o objetivo é colocar a cápsula em uma rede e movê-la sob um helicóptero para uma sala limpa temporária em Dugway.

É nesta cabine estéril que o recipiente interno da cápsula contendo as amostras de Bennu será removido e fechado em nitrogênio para transporte posterior para o Centro Espacial Johnson da Nasa, no estado americano do Texas, onde a análise detalhada poderá começar.

Todas as operações de recuperação foram pensadas para evitar a introdução de contaminação terrena nas amostras, comprometendo o andamento das pesquisas.

Concluído o lançamento da cápsula, a Osiris-Rex será agora instruída a voar para outro asteroide chamado Apophis.

O encontro está previsto para 2029.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

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