G1 Mundo

Presidente da Ucrânia diz que ‘guerra está retornando à Rússia’ após ataque de drone em Moscou

today30 de julho de 2023 7

share close

O Ministério da Defesa da Rússia disse que três drones ucranianos foram derrubados e que dois se chocaram a escritórios. Nas últimas 24 horas um total de 44 equipamentos do tipo foram interceptados, disse o ministério.

A Tass, agência estatal de notícias, afirmou que um guarda do prédio ficou ferido por estilhaços de vidro no ataque de Moscou, atribuindo a informação a uma pessoa não identificada dos serviços de emergência.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky declarou em uma gravação de vídeo que “gradualmente, a guerra está retornando ao território da Rússia — aos seus centros simbólicos e bases militares, e isso é um processo inevitável, natural e absolutamente justo”.



“Hoje é o 522° dia da chamada ‘Operação Militar Especial’, que a liderança russa pensou que duraria algumas semanas”, afirmou Zelensky que não assumiu abertamente a autoria do ataque deste domingo.

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em seu gabinete durante conversa telefônica em 21 de julho de 2023 — Foto: Assessoria da presidência ucraniana/via REUTERS

Os voos foram brevemente suspensos no aeroporto de Vnukovo, a sudoeste do centro de Moscou, após a ação com drone.

Uma testemunha ocular, que apenas deu seu primeiro nome como Liya, disse à agência de notícia Reuters que viu fogo e fumaça. “Ouvimos uma explosão e foi como uma onda, todos pularam”, disse ela. “Aí havia muita fumaça e não dava para ver nada. De cima, dava para ver fogo.”

Horas antes, o presidente russo Vladimir Putin disse não rejeitar negociações de paz sobre o conflito (leia detalhes mais abaixo).

Prédio danificado em Moscou, capital da Rússia, após ataque com drones realizado pela Ucrânia em 30 de julho de 2023 — Foto: Stringer/REUTERS

Acontecimentos dos últimos dias na guerra

O presidente Zelensky visitou nos últimos dias as forças especiais ucranianas perto de Bakhmut, a cidade onde alguns dos combates mais violentos da guerra estão ocorrendo.

As autoridades ucranianas disseram que as tropas de Kiev estão avançando gradualmente perto de Bakhmut, no leste, que as forças russas tomaram em maio.

Durante a noite, a cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia, foi atingida por foguetes, matando uma pessoa e ferindo outras cinco, informou o Ministério do Interior do país.

O ministério disse no Telegram que um míssil russo atingiu uma instituição educacional na noite de sábado. A BBC não verificou esta informação.

Em outro lugar, duas pessoas morreram e outra ficou ferida depois que um míssil atingiu “uma área aberta” na cidade de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, no sábado, disse uma autoridade.

Anatoliy Kurtiev, secretário do conselho da cidade, disse que a onda de choque causada pelo “míssil inimigo” quebrou janelas de apartamentos e danificou uma instituição educacional e um supermercado.

Putin diz não rejeitar proposta de paz

Horas antes do ataque em Moscou, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que não rejeita a ideia de negociações de paz em relação à Ucrânia.

Em fala após encontro com líderes africanos em São Petersburgo, na Rússia, Putin disse que as iniciativas africanas e chinesas podem servir como base para encontrar a paz.

No entanto, Putin também disse que não pode haver cessar-fogo enquanto o exército ucraniano estiver na ofensiva.

Putin falou com a imprensa em São Petersburgo, após reunião com líderes africanos — Foto: Reuters via BBC

Nas conversas sobre paz, tanto a Ucrânia quanto a Rússia disseram anteriormente que não irão à mesa de negociações sem certas pré-condições.

Kiev diz que não concederá nenhum território, mas Moscou diz que Kiev deve aceitar a “nova realidade territorial” de seu país. A Rússia invadiu o vizinho no ano passado e está ocupando territórios no sul e no leste do país.

Putin disse na coletiva de imprensa no sábado (29/7) que não havia planos para intensificar a ação na Ucrânia por enquanto.

Ele também defendeu a prisão de vozes críticas, alegando que algumas pessoas de dentro do país estavam prejudicando a Rússia.

As críticas à invasão da Ucrânia por Moscou são proibidas e os membros mais proeminentes da oposição estão atrás das grades ou no exílio.

Em sua abrangente fala à imprensa, o presidente russo também disse que Moscou realizou alguns “ataques preventivos” após uma explosão em uma ponte da Crimeia no início deste mês.

Após o incidente na ponte, que deixou duas pessoas mortas, Putin prometeu responder ao que alegou ser um ato “terrorista” da Ucrânia. Kiev não disse oficialmente que foi responsável pela explosão na ponte, que liga a península ocupada à Rússia.

A Cúpula Rússia-África ocorre depois que um grupo africano, incluindo líderes e representantes de sete países, se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e Putin no mês passado.

Segundo a equipe dela, o objetivo do encontro foi discutir a próxima Cúpula do Brics, marcada para 22 a 24 de agosto em Joanesburgo, e temas como a expansão de membros do NDB.

Dilma Rousseff e Vladimir Putin em encontro realizado em 26 de julho de 2023 — Foto: Alexei Danichev/Sputnik via Reuters

Em abril, declarações do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a guerra na Ucrânia ganharam repercussão e provocaram fortes reações negativas por parte de Estados Unidos e União Europeia.

Recentemente, já em julho, Lula evitou comentários sobre o conflito e disse que precisava se concentrar em questões internas do Brasil. “Não quero me meter na questão da guerra da Ucrânia e da Rússia”, disse. “A minha guerra é aqui, é contra a fome, contra a pobreza, contra o desemprego.”

Lula e Zelensky em vídeo chamada sobre planos de paz — Foto: RICARDO STUCKERT (PR)




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.

Avalie

Post anterior

G1 Mundo

O que carregava o navio romano de 2.000 anos atrás encontrado na costa da Itália

O cargueiro foi encontrado no porto de Civitavecchia, cerca de 80 quilômetros a noroeste de Roma. Ele data do século 1 ou 2 a.C. e foi encontrado carregado com centenas de ânforas — um tipo de jarro romano de terracota, usado para guardar e transportar produtos naquele período. Os jarros foram encontrados praticamente intactos, disse a divisão de arte da força de segurança italiana em um comunicado. Não se sabe para que teriam servido as jarras romanas a bordo, embora […]

today30 de julho de 2023 5

Publicar comentários (0)

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.


0%