Recentemente, uma declaração da atriz Claudia Raia, em uma entrevista, gerou polêmica ao ela afirmar que ofereceu um vibrador para sua filha aos 12 anos. Em um contexto global no qual a proteção das crianças contra a erotização é um tema central, esse tipo de atitude se revela extremamente inadequado e, em muitos casos, pode até ser considerado crime perante a lei.
A erotização infantil, é um problema social, moral e legal
A erotização infantil é um fenômeno que preocupa especialistas e educadores, pois implica na exposição precoce de crianças e adolescentes a conteúdos e práticas sexualmente explícitas. Esse processo pode ter efeitos devastadores no desenvolvimento psicológico e emocional das crianças, levando a um entendimento distorcido de relacionamentos, sexualidade e autoestima.
Quando pais ou cuidadores fazem escolhas que promovem a sexualização de crianças, eles não apenas fragilizam a inocência infantil, mas também podem estar perpetuando um ciclo de abuso e exploração.
Qual o papel dos pais na proteção das crianças?
Os pais têm a responsabilidade fundamental de proteger suas crianças e jovens de influências externas que podem comprometer seu bem-estar e desenvolvimento. Ao normalizar a erotização, como no caso mencionado, corre-se o risco de criar uma geração que equaciona valor pessoal e aprovação social à sexualização precoce. Essa realidade pode levar a graves consequências, como a desvalorização do corpo, comportamentos de risco e a normalização da exploração sexual na vida adulta.
As implicações da erotização na infância são vastas e alarmantes. Estudos têm mostrado que crianças expostas à sexualização precoce tendem a ter mais dificuldades em estabelecer relacionamentos saudáveis, são mais vulneráveis a abusos e podem desenvolver problemas de autoestima e imagem corporal.
Além disso, a erotização pode impactar a saúde mental, aumentando a incidência de depressão e ansiedade entre os jovens.
O caso de Claudia Raia é um lembrete doloroso de que algumas atitudes, muitas vezes vistas como inofensivas ou “modernas”, podem ter consequências reais e prejudiciais na vida das crianças.
É crucial que os pais reflitam sobre o que significa proteger a inocência de seus filhos e a importância de educá-los sobre sexualidade de uma forma saudável e responsável, respeitando seu desenvolvimento natural. A luta contra a erotização infantil deve ser uma prioridade coletiva, a fim de assegurar que nossas crianças e adolescentes cresçam em um ambiente seguro, respeitoso e amoroso.
Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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