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A renúncia de Costa foi anunciada em pronunciamento na TV, após a polícia realizar uma operação de busca e apreensão na casa dele. A operação foi parte de uma investigação do Ministério Público português sobre um suposto esquema irregular de exploração de lítio e de venda de hidrogênio verde por parte do governo de Portugal.
A saída de Costa do cargo foi discutida em reunião com o presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Costa disse que encerrava o mandato com a “cabeça erguida”, que não lhe “pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito”, mas que não se candidataria ao posto de premiê novamente.
Costa é integrante do Partido Socialista, que perdeu apoio antes das eleições de 2022. Ainda assim, contrariando todas as pesquisas, o português foi eleito em janeiro do ano passado e não precisou de alianças para formar o governo, podendo liderar o país sozinho.
No início de 2023, Costa foi criticado quando decidiu manter no governo o ministro das Infraestruturas e da Habitação, que estava envolvido em um escândalo ligado à companhia aérea estatal TAP. A resistência do português fez com que, em maio, partidos da oposição apelassem para que o presidente dissolvesse o parlamento.
Primeiro-ministro de Portugal é alvo de buscas da polícia e de investigação da PGR
Foi graças ao pacto inédito entre socialistas, esquerda radical e comunistas, que ficou conhecido como “Geringonça”, que o ex-vereador e ex-prefeito de Lisboa chegou ao poder em 2015, após eleições que tinha perdido.
Amante da cozinha, do cinema e do fado, Costa conquistou enorme popularidade. Ele aproveitou a recuperação econômica do país em seu primeiro mandato de quatro anos para eliminar as medidas de austeridade implementadas pela direita em troca da ajuda à economia portuguesa concedida pela União Europeia em 2011.
Mas o socialista, que é torcedor do Benfica, casado com uma professora e pai de dois filhos, continuou saneando as contas públicas de Portugal, para ajustá-las às normas orçamentárias europeias, e venceu a eleição legislativa de 2019.
Sem maioria absoluta, Costa manteve a “Geringonça” em pé até outubro de 2021, quando a rejeição do Orçamento desencadeou novas eleições, e o primeiro-ministro português mais longevo desde a Revolução dos Cravos teve de colocar o seu mandato à prova.
Seus antigos aliados não escondem sua desconfiança com o político, e alguns viam nele “um obstáculo” para uma nova aliança com a esquerda – embora ele já tivesse dito que “todo mundo sabe” que ele é “um homem de diálogo e compromisso”.
O presidente de Portugal, que foi professor de Costa na faculdade de Direito em Lisboa, debochou certa vez de seu ex-aluno e seu “otimismo crônico e um pouco incômodo”. Costa respondeu dizendo ter um “otimismo militante”.
Perseverante, António Costa construiu uma carreira com a mesma paciência que demonstra ao montar quebra-cabeças, seu passatempo favorito.
Nascido em 17 de julho de 1961, em Lisboa, o político é descendente de uma grande família de Goa, antiga área de influência de Portugal na Índia.
Ele cresceu nos círculos intelectuais frequentados por seus pais, a jornalista socialista Maria Antonia Palla e o escritor comunista Orlando da Costa. Seu meio-irmão, Ricardo Costa, é sete anos mais novo e um jornalista influente em Portugal.
Aos 14 anos, “Babush” (que significa “menino” em konkani, o idioma de Goa) se engajou na Juventude Socialista. Ele diz ter sofrido na época mais com o divórcio dos pais do que com a cor da sua pele.
Costa se formou em direito e ciência política, e se tornou advogado em 1988. Em 1995, foi nomeado, aos 34 anos, secretário de Estado para Assuntos Parlamentares, um cargo-chave no governo minoritário de António Guterres, hoje secretário-geral da ONU. Em 1999, se tornou ministro da Justiça do país.
Depois de um breve período no Parlamento Europeu, Costa voltou a Portugal em 2005 como ministro do Interior, mas deixou o governo dois anos depois para disputar a prefeitura de Lisboa, onde deu seus primeiros passos à frente de uma união da esquerda e consolidou sua popularidade.
O cargo de prefeito da capital portuguesa também lhe permitiu se distanciar do ex-primeiro-ministro José Sócrates, afastado do poder em 2011 e depois processado por corrupção em novembro de 2014, ano em que Costa chegou ao topo do Partido Socialista.
O primeiro-ministro de Portugal (e secretário-geral do Partido Socialista), António Costa, dança com uma apoiadora durante campanha no centro da capital Lisboa em 28 de janeiro de 2022 — Foto: Armando Franca/AP
Por: G1
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