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Quem foi o principal líder do Hamas, Ismail Haniyeh?

today31 de julho de 2024 14

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Lawrence Maximus – 31/07/2024 13h51

Protesto pela morte do líder do Hamas Ismail Haniyeh Foto: EFE/EPA/SHAHZAIB AKBER

Ismail Haniyeh, o proeminente líder político palestino e uma figura-chave do Hamas foi morto em um ataque aéreo em sua residência em Teerã, no Irã. Supostamente, o ataque foi realizado por Israel, de acordo com um comunicado da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC).

Este evento significativo ocorreu na madrugada desta quarta-feira (31), e enviou ondas de tremores à região, levantando questões sobre a futura liderança do grupo terrorista Hamas e as implicações para o futuro conflito israelo-palestino.

O passado de Ismail Haniyeh


Nascido em 29 de janeiro de 1963, no campo de refugiados de Al-Shati, em Gaza, a ascensão de Haniyeh dentro do Hamas foi significativa. Ele começou sua carreira política estreitamente alinhado ao fundador do Hamas, Sheikh Ahmed Yassin, e escalou as fileiras para se tornar um líder fundamental do grupo terrorista.

Conquistas como primeiro-ministro


Haniyeh ganhou atenção internacional pela primeira vez em 2006, quando se tornou o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, após a vitória do Hamas nas eleições legislativas palestinas.



No entanto, seu mandato foi marcado por um grave conflito interno com a facção rival Fatah, levando a uma divisão política que viu o Hamas assumir o controle de Gaza.

A influencia como líder sobre o Hamas


Em 2017, Haniyeh foi eleito chefe do escritório político do Hamas, sucedendo a Khaled Meshaal. Esta posição solidificou seu status como um dos líderes mais influentes dentro da organização. Ele esteve envolvido em várias negociações e conflitos com Israel ao longo de sua liderança.

Notavelmente, Haniyeh foi uma figura central nas negociações de cessar-fogo; muitas vezes, mostrando sua disposição para negociar paradas temporárias nas hostilidades, mantendo uma posição firme sobre o conflito mais amplo.

A designação como um terrorista global


Haniyeh foi designado como Terrorista Global Especialmente Designado pelo governo dos Estados Unidos; essa foi uma medida destinada a cortar seu acesso a sistemas e recursos financeiros internacionais.

Esta classificação ressaltou a visão da comunidade internacional do papel de Haniyeh na orquestração e apoio a atos de terrorismo contra Israel e seus aliados.

Enfrentamento de críticas internas


Apesar de sua posição de liderança, Haniyeh enfrentou críticas internas dentro do Hamas; particularmente em relação às decisões estratégicas do grupo. Por exemplo, houve relatos de desentendimentos entre ele e Yahya Sinwar, líder militar do Hamas em Gaza, sobre a abordagem das negociações de cessar-fogo e estratégias militares.

Além disso, a liderança de Haniyeh foi questionada por alguns dentro do Hamas, que criticaram a percepção de desconexão entre as ações da liderança e as duras realidades enfrentadas por combatentes e civis em Gaza.

Ismail Haniyeh e seu papel no 7 de outubro


Ismail Haniyeh foi diretamente responsável pelo assassinato de milhares de israelenses e palestinos, incluindo aqueles mortos no dia 7 de outubro, no massacre realizado pelo Hamas no sul de Israel. Em consequência, três dos filhos de Haniyeh foram mortos em um ataque aéreo em abril. Sua irmã também foi eliminada no mês passado. Já a residência de Haniyeh em Gaza, que foi usado como infraestrutura terrorista, foi atingida por um ataque aéreo da IDF em novembro.

Haniyeh residia no Catar, mas sua propriedade estava sendo usada como ponto de encontro para outros membros da liderança do Hamas.

Lawrence Maximus é cientista político, analista internacional de Israel e Oriente Médio, professor e escritor. Mestre em Ciência Política: Cooperação Internacional (ESP), Pós-Graduado em Ciência Política: Cidadania e Governação, Pós-Graduado em Antropologia da Religião e Teólogo. Formado no Programa de Complementação Acadêmica Mastership da StandWithUs Brasil: história, sociedade, cultura e geopolítica do Oriente Médio, com ênfase no conflito israelo-palestino e nas dinâmicas geopolíticas de Israel.

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.

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Por: Lawrence Maximus

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