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Romualdo Arppi Filho sonhava em ser jogador de futebol, mas foi rejeitado ‘por ser baixinho’

today5 de março de 2023 12

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“Meu pai queria ser jogador de futebol, mas era baixinho. Não tinha muito espaço para ele por ser baixinho, apesar de hoje ter ídolos no futebol mundial de estatura mediana”, disse Ricardo Arppi.

Sem chances como atleta do esporte, Romualdo começou a arbitrar na várzea, onde, segundo o filho, “pegou gosto” pela função. Consequentemente entrou para a Federação Paulista de Futebol e para o quadro da Federação Internacional de Futebol (Fifa). “Foi seguindo seu legado e chegou ao auge na partida final da Copa do Mundo”, disse o ex-árbitro.

Ricardo afirmou que o pai era paciente renal há quatro anos, e que recebeu a notícia da morte pouco depois de ter conversado com Romualdo. “Cheguei a falar com ele por vídeo às 21h. Ele sorriu para mim, estava bem, mas duas horas depois foi levado ao hospital com falta de ar e acabou falecendo às 23h20”.



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Ele definiu o pai como um profissional ‘muito técnico’ e ressaltou que Arppi Filho foi considerado o melhor árbitro do mundo em 1987. “É um ícone do esporte brasileiro e mundial, já arbitrou finais de Libertadores da América, finais de copas da América, Sul-Americanos, três Olimpíadas em Moscou, Los Angeles e México, além da partida final da Copa do Mundo em 1986”.

Questionado sobre a preferência esportiva do pai, Ricardo pontuou que Arppi Filho sempre foi muito discreto e só revelou os times de coração quando se aposentou. “Ele disse que torcia para a Portuguesa Santista e, claro, o Santos por ser da cidade natal. O ídolo dele sempre foi o Pelé aqui no Brasil e os craques: Maradona, Messi e [outros] grandes ídolos do futebol mundial da época dele”.

Mesmo durante o tratamento de hemodiálise, Arppi Filho continuava acompanhando jogos de futebol. “Meu pai deixa um legado de correção, disciplina, amizade, sempre foi muito amável com a família, esposa, deixa três filhos, três netos e o legado que ele deixa é para a história mundial, toda a carreira dele foi pautada no futebol”.

No auge de sua carreira, o ex-árbitro apitou a final da Copa do Mundo de 1986, no México, onde a Argentina conquistou o bicampeonato mundial ao vencer a Alemanha por 3 a 2. Na ocasião, os gols dos hermanos foram marcados por Brown, Burruchaga e Valdano.

Arppi Filho nasceu em Santos no dia 7 de Janeiro de 1939. Na Copa de 1986, ele se tornou o segundo árbitro brasileiro a apitar uma partida final de Copa, antecedido por Arnaldo Cézar Coelho. No torneio, também apitou França 1 x 1 URSS e México 2 x 0 Bulgária.

Árbitro de futebol santista que apitou a final da Copa do Mundo do México de 1986 entre Argentina x Alemanha, com a bola da final nas mãos — Foto: Arquivo A Tribuna

O ex-árbitro iniciou a carreira aos 14 anos e, profissionalmente, aos 20. Chegou a apitar as decisões do Campeonato Brasileiro de 1984 e 1985, uma final do Mundial Interclubes em 1984 e participou de três olimpíadas: Cidade do México (1968), Moscou (1980) e Los Angeles (1984).

Nos últimos anos, Arppi Filho passou a viver em São Vicente, também no litoral de São Paulo, onde atuava como corretor de imóveis. Foi pai de três filhos e avô de três netos e, até hoje, é considerado por colegas e ex-jogadores um dos melhores árbitros da história do futebol brasileiro.

Romualdo Arppi Filho, ex-árbitro de futebol santista — Foto: Arquivo A Tribuna

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Por: G1

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