“Estou apreensiva, pois é só eu e o meu filho [de 10 anos]”, disse em entrevista ao g1. Ela pretende voltar a viver no condomínio somente após algumas medidas de segurança.
“Tenho que trocar todos os códigos de acesso e as chaves e colocar grades onde moro, pois o meu apartamento é no térreo”, enfatizou.
Roberta conta que vem recebendo mensagens ameaçadoras de um número desconhecido dizendo que ela será atacada quando menos esperar. “Para sua casinha você não volta mais”, diz um dos recados.
Síndica ficou com marcas das agressões no corpo — Foto: Arquivo Pessoal
A síndica chegou a ficar com marcas roxas no corpo após as agressões motivadas por uma discussão com um casal de moradores, devido às regras do condomínio. O caso aconteceu no dia 17 de maio.
De acordo com Roberta, a mulher envolvida, de 30 anos, realizava procedimentos estéticos – como extensão de cílios, dentro do apartamento. O fluxo de clientes pelo condomínio incomodava os demais moradores. Por isso, a síndica conversou com ela e o marido, de 36 anos.
No entanto, o homem ameaçou Roberta e o filho dela após uma notificação. Dias depois, a síndica voltou a se desentender com o casal e foi agredida. Na ocasião, a Polícia Militar (PM) precisou ser acionada e o caso foi registrado como lesão corporal.
Desde então, Roberta saiu do prédio e retornou ao condomínio apenas para realizar as funções como síndica. Ela chegou a morar um tempo na casa de outras pessoas até alugar um apartamento kitnet para viver com o filho.
Já o casal, que era inquilino em um apartamento, foi orientado pela proprietária a deixar o local. Eles se mudaram na última semana, mas Roberta segue sem confiança para retornar.
Ela diz que se sente ‘impotente’ quanto às autoridades policiais, já que o homem não foi punido pelas agressões, enquanto ela segue sendo ameaçada. “Nós temos leis que não funcionam. […] Meu inquérito não vai pra frente porque a Justiça não quer ouvir minhas testemunhas”.
Dentre as agressões, síndica teve mechas do cabelo arrancadas — Foto: Arquivo Pessoal
Procurada pelo g1, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso está sendo investigado pelo 1º DP de Praia Grande. “A autoridade policial ouviu os envolvidos e realiza oitivas de testemunhas. Diligências estão em andamento para esclarecer todas as circunstâncias dos fatos”.
O g1 tentou contato com o casal alvo das denúncias, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.
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Por: G1
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