Participam do encontro, em Bruxelas, os 27 países que compõem a UE e nove dos dez integrantes da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) – Mianmar, que sofreu golpe de Estado em 2021, foi excluída da reunião.
Apesar de Pequim e Moscou exercerem forte protagonismo na região, o Ocidente também tem conseguido angariar apoio de governos locais na guerra da Ucrânia. Os países da Asean não estabeleceram uma frente única e mostram diferenças em sua resposta ao conflito:
- A Singapura tem mostrado proximidade com a UE e foi a única que adotou sanções aplicadas pelo Ocidente contra a Rússia;
- O Vietnã ficou neutro. Laos também adota neutralidade, mas tem laços fortes com a Rússia, de quem recebe apoio militar ;
- A Tailândia se absteve em votação na Organização das Nações Unidas (ONU) em outubro que condenava a tentativa da Rússia de anexar regiões da Ucrânia;
- Mianmar, que também recebe armas da Rússia, não se posicionou;
- A Indonésia já condenou a guerra na Ucrânia, mas sem fazer menções diretas ao governo russo como autor da invasão;
- Camboja, Filipinas, Brunei, Malásia apoiaram a moção da ONU
Um porta-voz do presidente francês, Emmanuel Macron, destacou a “necessidade de os europeus se reconectarem com a Asean, uma das regiões mais dinâmicas do mundo”.
No entanto, segundo fontes diplomáticas, as diferenças já provocaram uma intensa disputa sobre o tom da declaração final da cúpula, na qual a UE defendeu o uso de uma linguagem mais forte em relação à Rússia.
Além desse impasse, outro gigante paira sobre a cúpula UE-Asean: a China.
As reivindicações de Pequim sobre o mar da China Meridional provocaram tensões com vários de seus vizinhos e levantaram preocupações na Europa sobre os fluxos comerciais nesse canal marítimo fundamental.
A UE é um parceiro comercial importante para os países da ASEAN, mas “a China é muito mais importante para eles em termos comerciais, mais do que os Estados Unidos” e o próprio bloco europeu, afirmou uma autoridade alemã ouvida pela agência de notícias AFP.
Para o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a cúpula desta quarta-feira será uma “oportunidade para trocar informações sobre a nossa parceria estratégica e discutir questões de interesse comum, incluindo segurança, conectividade [e] desafios comerciais”.
“Tenho certeza de que será o primeiro de muitos compromissos frequentes de nossas duas regiões”, acrescentou.
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Por: G1
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