Durante a visita, von der Leyen pediu uma resposta europeia à crise e prometeu medidas, incluindo o reforço das missões navais no Mediterrâneo e apoio à Itália no processamento de solicitações de asilo.
“Nós decidiremos quem vem para a União Europeia e em que circunstâncias. Não os contrabandistas”, disse Von der Leyen após visitar a ilha.
“É um desafio europeu que precisa de uma resposta europeia”, acrescentou.
O plano da UE também envolve a criação de corredores humanitários nos países de origem, como medida de dissuasão para o uso de rotas ilegais. Von der Leyen prometeu ainda o apoio da agência fronteiriça Frontex para garantir o rápido retorno de imigrantes que não atendam aos requisitos de permanência na UE, em colaboração com os países de origem.
Lampedusa, uma pequena ilha no sul da Itália com 6 mil habitantes, enfrenta uma crise humanitária devido à chegada dos migrantes africanos. O centro de acolhimento local, projetado para 400 pessoas, não consegue lidar com essa superlotação. Além disso, um bebê morreu devido às condições precárias.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, visitam o porto onde chegam os migrantes, na ilha siciliana de Lampedusa. — Foto: Palazzo Chigi Press Office/Handout via REUTERS
Em 2023, a Itália já recebeu quase 127 mil imigrantes, um aumento considerável em relação a 2022, quando foram registrados cerca de 66 mil no mesmo período. Esses números se aproximam do pico de 2016, quando mais de 180 mil migrantes chegaram à Itália.
A situação pode piorar devido a eventos recentes, como tempestades na Líbia e um terremoto em Marrocos, que podem aumentar ainda mais o fluxo de imigrantes.
Diante dessa crise, países como Alemanha e França planejam fechar suas fronteiras. O vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, do partido anti-imigrante Liga, expressou frustração com a falta de apoio europeu, afirmando que a Europa “morreu junto com o bebê” que faleceu em Lampedusa.
Apesar de um acordo recente entre o governo italiano e a Tunísia em julho para impedir a saída de imigrantes, os números recentes de chegadas à Itália indicam que isso não conseguiu conter o fluxo migratório.
Todos os créditos desta notícia pertecem a
G1 Mundo.
Por: G1
Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.
Publicar comentários (0)