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O partido nacionalista e anti-imigração de Marine Le Pen, Reunião Nacional, tem a chance de ganhar a maioria legislativa pela primeira vez, mas o resultado permanece incerto devido a um sistema de votação complexo e manobras por parte dos partidos políticos.
Os eleitores na França e nos territórios ultramarinos podem votar para 501 dos 577 assentos na Assembleia Nacional, a Câmara de Deputados local e mais importante das duas casas do parlamento francês. As outras 76 disputas foram vencidas diretamente no primeiro turno de votação.
A Reunião Nacional e seus aliados venceram o primeiro turno com cerca de um terço dos votos. Uma coalizão de partidos de centro-esquerda, extrema-esquerda e verdes, chamada Nova Frente Popular, ficou em segundo lugar, bem à frente da aliança centrista do presidente Emmanuel Macron, que está enfrentando dificuldades.
Na semana entre os dois turnos, mais de 200 candidatos centristas e de esquerda desistiram das disputas para aumentar as chances de seus rivais moderados e tentar impedir que candidatos da Reunião Nacional vencessem.
As pesquisas eleitorais finais sugerem que essa tática pode ter diminuído as chances da extrema-direita de obter uma maioria absoluta. Mas o partido de Le Pen tem um apoio mais amplo e profundo do que nunca, e cabe aos eleitores decidir.
Como funcionam as eleições legislativas na França
As projeções das pesquisas sugerem que a Reunião Nacional provavelmente terá o maior número de assentos na próxima Assembleia Nacional —o que seria um feito histórico.
Cenário 1: a extrema direita consegue formar maioria: se ganhar uma maioria absoluta de 289 assentos, espera-se que Macron nomeie o presidente da Reunião Nacional, Jordan Bardella, como o novo primeiro-ministro da França. Bardella poderia então formar um governo, e ele e Macron compartilhariam o poder em um sistema chamado “coabitação”.
Cenário 2: a extrema direita não ganha maioria, mas obtém um grande número de assentos: Macron poderia nomear Bardella como primeiro-ministro de qualquer forma, embora a Reunião Nacional possa recusar por medo de que seu governo seja derrubado por um “voto de desconfiança”. Trata-se de um mecanismo segundo o qual os deputados votam se querem ou não que um líder permaneça no cargo.
Cenário 3: a extrema direita não obtém a maioria, e Macron consegue uma coalizão entre moderados: Macron escolhe um primeiro-ministro de centro-esquerda.
Cenário 4: a coalizão fracassa, e nenhum partido obtém uma maioria para governar: Macron poderia nomear um governo de especialistas não afiliados a partidos políticos. Esse governo provavelmente lidaria principalmente com os assuntos cotidianos de manter a França funcionando.
Complicando as coisas: qualquer uma das opções acima exigiria aprovação parlamentar. Se as negociações políticas demorarem muito em meio às férias de verão e às Olimpíadas de Paris, de 26 de julho a 11 de agosto, o governo centrista de Macron poderia manter um governo de transição enquanto aguardam decisões futuras.
Os líderes da extrema direita francesa, Marine Le Pen e Jordan Bardella, em junho de 2024. — Foto: AP Photo/Thomas Padilla
Se a extrema direita ganhar a maioria, Macron seria forçado a nomear Jordan Bardella como primeiro-ministro. Isso criaria uma situação conhecida como “coabitação”, em que o governo implementaria políticas que divergem do plano do presidente.
A República moderna da França já experimentou três coabitações, a última sob o presidente conservador Jacques Chirac, com o primeiro-ministro socialista Lionel Jospin, de 1997 a 2002.
O primeiro-ministro é responsável perante o parlamento, lidera o governo e propõe projetos de lei.
O presidente é enfraquecido internamente durante a coabitação, mas ainda mantém alguns poderes sobre política externa, assuntos europeus e defesa, e é responsável por negociar e ratificar tratados internacionais. O presidente também é o comandante-em-chefe das forças armadas do país e detém os códigos nucleares.
Embora não seja incomum em outros países europeus, a França moderna nunca experimentou um parlamento sem um partido dominante.
Essa situação exige que os legisladores construam consenso entre os partidos para concordar com posições de governo e legislação. A política fraturada da França e as profundas divisões sobre impostos, imigração e política do Oriente Médio tornam isso especialmente desafiador.
Isso provavelmente dificultaria o cumprimento das promessas de Macron de reformar os benefícios de desemprego ou legalizar procedimentos de fim de vida para doentes terminais, entre outras reformas. Também poderia dificultar a aprovação de um orçamento.
Embora a França tenha uma das maiores economias do mundo e seja uma potência diplomática e militar importante, muitos eleitores franceses estão lutando com a inflação, baixos salários e uma sensação de que estão sendo deixados para trás pela globalização.
O partido de Marine Le Pen, que culpa a imigração por muitos dos problemas da França, aproveitou essa frustração dos eleitores e construiu um amplo apoio online e uma rede de base, especialmente em pequenas cidades e comunidades agrícolas que veem a classe política de Paris como desconectada da realidade.
Veja a linha do tempo da ascensão da extrema direita na França. — Foto: Equipe de arte/g1
A Assembleia Nacional é a câmara mais poderosa das duas casas do parlamento francês. Tem a palavra final no processo legislativo sobre o Senado, dominado pelos conservadores.
Macron tem um mandato presidencial até 2027 e disse que não renunciaria antes do fim de seu mandato. Mas um presidente francês enfraquecido poderia complicar muitas questões no cenário mundial.
Durante coabitações anteriores, as políticas de defesa e externa eram consideradas o domínio informal do presidente, que geralmente conseguia encontrar compromissos com o primeiro-ministro para permitir que a França falasse com uma só voz no exterior.
No entanto, hoje, as visões tanto da extrema direita quanto da coalizão de esquerda nessas áreas diferem radicalmente da abordagem de Macron e provavelmente seriam um assunto de tensão durante uma potencial coabitação.
Bardella disse que, como primeiro-ministro, se oporia ao envio de tropas francesas para a Ucrânia —uma possibilidade que Macron não descartou. Bardella também disse que recusaria entregas francesas de mísseis de longo alcance e outras armas capazes de atingir alvos dentro da própria Rússia.
Por: G1
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