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‘Acontece em guerras’, diz Netanyahu sobre ataque que matou 7 de ONG de chef espanhol na Faixa de Gaza

today2 de abril de 2024 7

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“Infelizmente, no último dia houve um caso trágico em que as nossas forças atingiram involuntariamente pessoas inocentes na Faixa de Gaza. Acontece em guerras, e estamos verificando até o fim, estamos em contato com os governos, e tudo faremos para que isso não aconteça novamente”, declarou o premiê.

O ataque ocorreu na segunda-feira (1º). A organização, criada nos Estados Unidos pelo chef espanhol José Andrés, famoso nos EUA, havia levado uma carga de alimentos por navio ao território palestino horas antes do bombardeio.

Segundo a ONG, entre os mortos há um cidadão do Reino Unido, um da Austrália, dois dos Estados Unidos, um do Canadá e um da Polônia, além de um palestino.



Os dois veículos que transportavam as vítimas e que foram atingido tinham no teto o logo e o nome da ONG desenhados (veja imagem acima) e circulava sozinho em uma via de uma área sem conflitos. Em comunicado, a World Central Kitchen frisou que os carros eram blindados e estavam identificados.

As Forças Armadas de Israel também emitiram uma nota nesta terça admitindo a culpa e afirmando que o ataque foi um “trágico resultado” de um bombardeio israelense.

“Este não é apenas um ataque contra a World Central Kitchen, é um ataque a organizações humanitárias que se apresentam nas situações mais terríveis, em que os alimentos são usados ​​como arma de guerra. Isso é imperdoável”, disse o CEO da ONG, Erin Gore.

Em mensagem de vídeo nesta terça-feira (2), o porta-voz do Exército disse ter ligado para o chef espanhol José Andrés para expressar “os mais profundos sentimentos”.

O chef espanhol José Andrés afirmou que a ONG perdeu “diversas irmãs e irmãos em um ataque das Forças de Defesa de Israel na Faixa de Gaza“. “É uma tragédia. Trabalhadores de organizações humanitárias e civis nunca deveriam ser um alvo. Nunca”, disse Andrés.

Foi a ONG do chef espanhol, famoso nos Estados Unidos por atuar em diversos programas de TV e ter sido condecorado pelo ex-presidente dos EUA Barack Obama com uma medalha de serviços humanitários do governo norte-americano.

O caso gerou repercussão também entre líderes mundiais.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirmou estar “chocado” com o ataque. Já o premiê espanhol, Pedro Sánchez, se disse “horrorizado”, e o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, cobrou de Israel explicações — uma das vítimas era uma funcionária australiana da ONG.

Membros da World Central Kitchen na Faixa de Gaza em 21 de março de 2024 — Foto: Reprodução/ @chefjoseandres

Os funcionários da ONG haviam acabado de levar comida e outros itens de ajuda humanitária ao norte da Faixa de Gaza, onde a população está à beira de uma crise de fome. Imagens em vídeo gravadas em um hospital na cidade de Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, mostram que alguns deles estavam com itens de proteção que tinham o logotipo da ONG.

Nesta semana, a World Central Kitchen enviou um navio com cerca de 400 toneladas de comida e itens de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O carregamento foi organizado pelos Emirados Árabes Unidos e deve chegar na semana que vem à costa de Gaza.

A ONU tem uma agência especializada em atender os palestinos que atua na Faixa de Gaza, mas Israel proibiu essa entidade de fazer entregas no norte do território. Outros grupos de ajuda afirmam que enviar comboios de caminhões para o norte tem sido muito perigoso devido à falta de garantia de segurança por parte do exército.

Veja abaixo um vídeo sobre a possibilidade de crise de fome na Faixa de Gaza.

A Corte Internacional de Justiça - principal órgão judicial da ONU - ordenou que Israel garanta a entrega de alimentos à população palestina na Faixa de Gaza

A Corte Internacional de Justiça – principal órgão judicial da ONU – ordenou que Israel garanta a entrega de alimentos à população palestina na Faixa de Gaza

Campanha militar em hospital

O ataque aconteceu horas depois de as forças de Israel finalizarem um período de duas semanas de ações militares no hospital Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza. O hospital ficou destruído, e uma parte do prédio foi reduzida a cinzas.

Os militares afirmaram ter matado 200 militantes do Hamas durante a permanência no hospital, mas as principais agências de notícias não conseguiram confirmar se todos realmente pertenciam ao grupo terrorista.

O governo local, controlado pelo Hamas, disse ter retirado corpos de civis dos destroços.

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Por: G1

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