Advogados de PMs e policial civil se posicionam sobre morte em SP
O advogado da família de Eduardo Brazzolin, policial civil que morreu na frente da Delegacia de Polícia Sede de Guarujá, no litoral de São Paulo, afirma que não consegue acreditar em uma suposta troca de tiros com policiais militares no local, versão da defesa dos agentes.
“Não é crível que um policial civil troque tiros com policiais militares na porta de uma delegacia. Não dá para acreditar, a não ser que ele tenha ficado louco e atirado a esmo. Se fosse isso, para mim, era muito mais fácil. Mas não foi o que aconteceu. A quantidade de documentos com que eu me deparei, no mínimo, me permite ter duvida sobre essa história”, disse Renato Cardoso, em entrevista à TV Tribuna, emissora afiliada à Rede Globo.
Ao g1, um dos policiais militares envolvidos no caso, que prefere não se identificar, alega que o grupo de agentes tomou a atitude em legítima defesa, uma vez que Brazzolin tinha entrado na delegacia de maneira exaltada e, inclusive, disparado primeiro. Segundo o PM, um dos tiros do policial civil atingiu seu rosto de raspão, enquanto o outro acertou um colega da corporação no ombro.
Policial civil Eduardo Diogo Cardoso Brazzolin foi morto por um PM em frente a delegacia — Foto: Arquivo Pessoal
“Estou aguardando as investigações. Elas dirão se houve legítima defesa, se houve excesso nisso ou não. Não estamos aqui apurar e achar um culpado a todo custo. O que a família quer é a verdade do que aconteceu. Não só o que aconteceu naquele dia, mas o que motivou os fatos daquele dia. Temos a morte do Luan [amigo do filho de Brazzolin], em novembro de 2020, envolvendo os mesmos policiais militares”, complementa o advogado.
De acordo com o citado policial militar, tudo começou quando uma equipe abordou e conduziu um homem – conhecido de um dos filhos de Brazzolin – que havia xingado agentes em viaturas da corporação.
“Chegando lá [na delegacia], a gente encontrou o Eduardo Brazzolin e o filho dele, que estava com esse indivíduo. Ele começou a falar algumas ameaças e iniciou um entrevero. Na hora da imobilização [do policial civil], ele sacou a arma e saiu atirando”, alega o PM.
PM envolvido na morte de policial civil afirma que PM’s agiram em legítima defesa
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