O primeiro fórum da Agenda ESG, realizada pelo Grupo Tribuna, aconteceu na última terça-feira (19). Com mediação de Gesner Oliveira, coordenador do Centro de Estudos de Infraestrutura e Soluções Ambientais e fundador da GO Associados, e Arminda Augusto, gerente de projetos e relações institucionais do Grupo Tribuna, o tema central foi “Mudanças climáticas e a transição para uma economia limpa”.
Sob o título ‘O poder de transformar pela sustentabilidade’’, profissionais da área deram suas visões sobre a responsabilidade e compromisso que têm perante ao tema.
Durante o painel “Combustíveis verdes e seu impacto na cadeia produtiva das empresas”, a gerente executiva de comunicação corporativa e sustentabilidade da Santos Brasil, Bèatrice de Toledo Dupuy, afirmou que, hoje em dia, o Brasil tem poucas pessoas que realmente entendem sobre hidrogênio verde, que é a maior fonte de combustível limpa do planeta.
“É preciso ter uma mão de obra qualificada. A Alemanha, por exemplo, já está trabalhando sobre o hidrogênio há bastante tempo, então temos que pegar nossa mão de obra brasileira e mandar fazer doutorado fora do país. Nós precisamos investir para poder ter uma nova fonte de energia no Brasil”, apontou.
Agenda ESG reuniu diversos profissionais e interessados ao assunto — Foto: Reprodução/Lead MKT
Artur Villela, fundador da Global Forest Bond, enfatizou a importância de enfrentar os desafios globais com uma abordagem abrangente. Ele destaca que, ao buscarmos resolver os problemas que afetam o mundo, é fundamental acessar os mercados e apoiá-los com sistema de capital.
Ele ressalta a necessidade de dialogar sobre o desmatamento, com o objetivo de criar uma marca do Brasil que protege as florestas, respeita as comunidades locais e segue rigorosas diretrizes de zoneamento, enfrentando, assim, os desafios da ilegalidade.
O evento também abordou a importância da educação ambiental para o público em geral. O consenso foi que questões de reciclagem e sustentabilidade devem ser ensinadas não apenas nas empresas, mas também para a sociedade em geral.
Artur Vilela e Bèatrice de Toledo Dupuy, painelistas do primeiro painel da Agenda ESG — Foto: Reprodução/Lead MKT
No segundo painel, que teve como tema o mercado de carbono, a Agenda ESG trouxe à tona a preocupação das empresas com os riscos climáticos, tanto em relação a chuvas como aumento das temperaturas.
A questão foi levantada em relação aos desafios enfrentados pelas empresas portuárias diante desses eventos extremos, que podem afetar operações e infraestrutura.
Embora não haja uma resposta definitiva, os especialistas Ana Carolina Oliveira, gerente de business development na WayCarbon, e Renato Ferreira, gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança do Trabalho da Brasil Terminal Portuário, apontaram a importância de estudos e monitoramento das condições climáticas dentro das empresas, além de investimentos em infraestrutura, como piscinões e sistemas de drenagem, para diminuir os riscos e aumentar a resiliência.
Segundo painel do evento discutiu sobre carbono e educação ambiental — Foto: Reprodução/Lead MKT
Os encontros da Agenda ESG 2023 acontecem mensalmente até novembro, no Grupo Tribuna, situado na Rua João Pessoa, 350, Paquetá. O próximo evento, que acontece em outubro, falará sobre o eixo ‘S’ da sigla, que trata sobre questões sociais dentro das empresas.
Os mediadores Gesner Oliveira e Arminda Augusto afirmam que os eventos mensais são uma forma de educação para que o assunto alcance cada vez mais pessoas.
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