Nesta sexta-feira (29), o aliado de Donald Trump e ex-observador eleitoral republicano, Scott Hall, se declarou culpado de conspirar para interferir nas eleições no estado da Geórgia como parte das tentativas do ex-presidente dos EUA de reverter sua derrota em 2020.
Hall fez um acordo com a promotoria e é, até agora, o único dos 19 réus acusados no processo a se declarar culpado. Ele recebeu cinco acusações por conspiração para cometer interferência intencional no desempenho de funções eleitorais.
O acordo de confissão prevê que Hall seja condenado a cinco anos de liberdade condicional e pague uma multa de US$ 5.000, disse um promotor na audiência, que aconteceu pela internet. Ele também será obrigado a testemunhar contra outros réus no caso.
Hall, um fiador da Geórgia, inicialmente enfrentou acusações de extorsão, bem como de conspiração para cometer fraude eleitoral e crimes informáticos. Ele foi acusado de participar de uma violação ilegal de equipamento de votação na zona rural de Coffee County, no sudeste do estado, em janeiro de 2021.
O ex-advogado de Trump, Sidney Powell, um dos dois réus que serão julgados no próximo mês, também é acusado de participar da violação. Powell se declarou inocente.
Após a derrota para Joe Biden nas eleições de 2020, Trump tentou reverter o resultado em estados onde ele havia perdido.
Nos EUA, as eleições são indiretas: os eleitores, na verdade, votam em delegados que vão representar cada estado em um colégio eleitoral –são esses delegados que escolhem o presidente. Cada estado tem um número específico de delegados e regras próprias para definir quem serão os delegados.
Na Geórgia, a regra é que todos os delegados do estado serão do candidato à presidência que tiver mais votos –mesmo se for por uma pequena maioria. Foi isso o que acontecem em 2020: Biden ganhou por pouco de Trump no estado.
Por isso, esse foi um dos estados onde Trump e seus aliados se concentraram para tentar reverter os resultados.
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Por: G1
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