A Americanas apresentou nesta quarta-feira (25) pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, processo conhecido como “Chapter 15”, de acordo com documento judicial obtido pela Reuters.
O movimento busca estender para os ativos nos EUA os efeitos protetivos do processo de recuperação judicial anunciado na semana passada e já aprovado no Brasil.
Em 19 de janeiro, a gigante do varejo brasileiro entrou com um pedido de recuperação judicial na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A requisição, feita em caráter de urgência, serve para manter a solvência da empresa apenas oito dias depois da descoberta de um rombo contábil de R$ 20 bilhões em seus balanços corporativos.
Na mesma data, a companhia comunicou que mantém apenas R$ 800 milhões em caixa, o que torna a operação insustentável. A título de comparação, o valor é significativamente menor do que os R$ 8,6 bilhões reportados no terceiro trimestre de 2022.
Americanas pede recuperação judicial; entenda como funciona
A ‘crise’ nas Americanas começou no dia 11 de janeiro, quando a empresa divulgou um fato relevante informando que havia identificado “inconsistências em lançamentos contábeis” nos balanços corporativos, em um valor que chegaria a R$ 20 bilhões.
Em outras palavras, a Americanas percebeu que o valor bilionário — que é referente aos primeiros nove meses de 2022 e anos anteriores — não havia sido registrado de forma apropriada.
Além disso, o texto informou que o presidente da companhia, Sergio Rial, deixou o cargo apenas 9 dias depois de assumir. O diretor financeiro da empresa, André Covre, também renunciou — ele havia tomado posse junto a Rial.
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