G1 Mundo

Após ataque no Líbano, Israel reúne gabinete de guerra novamente para discutir resposta ao Irã

today16 de abril de 2024 2

Fundo
share close

O gabinete, formado após o ataque do Irã, discutirá que tipo de retaliação fará. A intenção do governo israelense é realizar uma ofensiva que atinja o território iraniano mas que não seja forte o suficiente para provocar uma nova guerra no Oriente Médio, segundo fontes do gabinete ouvidos pela agência de notícias Reuters.

Líderes ocidentais pediram prudência ao governo israelense para evitar uma escalada ainda maior das tensões na região — o que pode indicar uma perda parcial do apoio do Ocidente que Israel angariou no fim de semana após o ataque do Irã (leia mais abaixo).

O gabinete de guerra se reunirá ao longo do dia e, até a última atualização desta reportagem, ainda não havia dado um prazo para a retaliação.



Israel confirma que vai dar resposta a ataque do Irã

Israel confirma que vai dar resposta a ataque do Irã

Mais cedo, o chefe de gabinete das Forças de Defesa Israelenses, Herzi Halevi, já havia dito que Israel responderia o ataque iraniano. O canal israelense Channel 12 também havia afirmado que o governo de Israel estudava uma réplica para “ferir” o Irãsem chegar ao ponto de provocar uma guerra regional.

Rivais de longa data, Israel e Irã travam um duelo sangrento cuja intensidade varia conforme o momento geopolítico. Teerã é contra a existência de Israel, que, por sua vez, acusa o país inimigo de, movido pelo antissemitismo, financiar grupos terroristas. Com a guerra em Gaza, a situação só piorou.

De acordo com o Channel 12, o governo de Benjamin Netanyahu tentará uma ação militar coordenada com os Estados Unidos. Washington, no entanto, já disse que não participaria de um eventual ataque ao Irã.

No domingo (14), um dos membros do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, já havia afirmado que o Irã pagará na hora certa pelo ataque feito ao país na noite de sábado (13).

“Construiremos uma coalizão regional e cobraremos o preço do Irã da maneira e no momento certo para nós”, afirmou Gantz em comunicado oficial.

O gabinete de guerra é composto pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant e por Gantz, ex-comandante das Forças Armadas de Israel.

O primeiro-ministro disse que vai ferir qualquer um que tenha planos de nos atacar ou que aja nesse sentido. O Irã continua a desestabilizar o mundo e a trazer perigo para a região […]. Nenhum país no mundo toleraria ameaças repetidas dessa natureza.

— Avi Hyman

“Houve um tempo que os judeus não tinham defesa e não tinham como se proteger. Hoje os judeus têm Israel e nós vamos defender nosso direito de viver livremente na nossa terra”, acrescentou.

Após o encontro, os líderes do grupo afirmaram condenar o ataque iraniano “sem precedentes” e expressaram “total solidariedade e apoio” a Israel e sua população, reiterando o compromisso em manter a segurança do país.

“Com suas ações, o Irã deu um passo a mais em direção à desestabilização da região e corre o risco de provocar uma escalada regional [das tensões] incontrolável. Isso deve ser evitado”, afirmaram os líderes do grupo em posicionamento oficial.

“Continuaremos a trabalhar para estabilizar a situação e evitar uma nova escalada [das tensões]. Nesse espírito, exigimos que o Irã e seus aliados cessem seus ataques, e estamos prontos para tomar novas medidas agora e em resposta a [eventuais] novas [ofensivas]”, acrescentaram.

A Itália, que ocupa a presidência rotativa do Grupo dos Sete, agendou uma reunião virtual com os demais membros do grupo, que, além dos EUA e da Itália, inclui Canadá, França, Alemanha, Inglaterra e Japão.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou na rede social X (antigo Twitter) que o governo italiano “reitera sua condenação dos ataques iranianos contra Israel”.

“O ataque iraniano é uma séria ameaça à paz e segurança globais, e espero que o Conselho utilize todos os meios para tomar medidas concretas contra o Irã. […] Chegou o momento do Conselho de Segurança tomar ações concretas contra a ameaça iraniana”, disse o embaixador israelense nas Nações Unidas, Gilad Erdan, em documento enviado à ONU.

Os ministros de Relações Exteriores dos países que compõem a União Europeia também foram chamados pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, para um encontro extraordinário neste domingo para discutir a escalada do conflito.

No sábado, Israel foi alvo de um ataque inédito do Irã. Mais de 300 artefatos, incluindo drones e mísseis, foram lançados contra o país.

Militares do Irã ameaçaram uma ofensiva ainda maior se Israel contra-atacar. O governo iraniano também disse que pode atingir bases dos Estados Unidos caso Washington apoie uma retaliação israelense.

O que se sabe sobre o ataque do Irã

  • O Irã enviou dezenas drones para atacar o território de Israel no fim da tarde de sábado (13), pelo horário de Brasília.
  • Os drones demoraram horas até chegar ao alvo.
  • No caminho, uma parte dos drones e dos mísseis foi derrubada por aeronaves de Israel, dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Jordânia.
  • Perto das 20h, as primeiras explosões e sirenes de aviso foram ouvidas em Israel.
  • O serviço nacional de emergência médica de Israel informou que uma menina de 10 anos ficou gravemente ferida, no deserto de Negev, por estilhaços de um artefato para interceptar drones.
  • O ataque é uma retaliação do Irã contra Israel: em 1º de abril, a embaixada iraniana na cidade de Damasco, na Síria, foi atingida, e sete pessoas morreram.
  • Às 19h, ainda antes de os artefatos chegarem a Israel, a missão do Irã na ONU afirmou que o ataque estava encerrado, referindo-se a ele com uma “ação legítima”.




Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Mundo.

Por: G1

Esta notícia é de propriedade do autor (citado na fonte), publicada em caráter informativo. O artigo 46, inciso I, visando a propagação da informação, faculta a reprodução na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos.

Avalie

Post anterior

ataque-a-igreja-em-sydney-foi-ato-terrorista,-segundo-policia

G1 Mundo

Ataque a igreja em Sydney foi ato terrorista, segundo polícia

Um jovem de 16 anos foi preso depois que um bispo, um padre e fiéis foram atacados na segunda-feira (15) durante uma missa na Igreja Cristo O Bom Pastor. Pelo menos quatro pessoas sofreram ferimentos "sem risco de vida", disse a polícia. O agressor também ficou ferido. O incidente foi capturado em uma transmissão ao vivo da igreja no subúrbio de Wakeley. A polícia australiana define os crimes terroristas como […]

today16 de abril de 2024 3

Publicar comentários (0)

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.


0%