Protestos pró-Palestina crescem também em universidades da Europa
A entrada do edifício histórico da renomada faculdade de ciências políticas, por onde já passaram cinco ex-presidentes franceses, foi obstruída com material de construção e lixeiras pelos manifestantes.
Na manhã desta sexta-feira era possível ver pelas janelas que estudantes passaram a noite no local, vestidos com kufiyas, e bandeiras palestinas penduradas em apoio à sua luta.
O comitê Palestina do Sciences Po pede “uma condenação explícita das ações de Israel” em Gaza e o “fim da colaboração” a todas as “instituições” consideradas cúmplices da “opressão sistêmica ao povo palestino”, afirmou.
O grupo pede o fim “à repressão das vozes pró-palestinas no campus”, após o centro de elite ser acusado de permitir que o antissemitismo floresça.
A AFP não conseguiu contato com a direção do centro.
Manifestantes pró-Palestina bloqueiam entrada da prestigiosa faculdade francesa Science Po, em Paris, em 26 de abril de 2024. — Foto: Dimitar Dilkoff/ AFP
A nova ação ocorre quando os protestos em defesa dos palestinos se multiplicam em universidades dos Estados Unidos, embora na França ainda não ocorram de forma ampla.
O presidente do Conselho Representativo de Instituições Judaicas da França (Crif), Yonathan Arfi, disse ao canal francês LCI considerar “perigosa” a mobilização.
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