Dias depois de surpreender o mundo ao anunciar que “não tinha mais gás” para liderar o país e renunciaria, a líder de 42 anos chegou a uma reunião de políticos e anciãos maori na pequena cidade de Ratana, ao norte da capital Wellington, e foi instantaneamente cercada por apoiadores em busca de fotos.
“Obrigada do fundo do meu coração pelo maior privilégio da minha vida”, disse Ardern em um discurso.
Ex-premiê da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, durante discurso de despedida do cargo — Foto: REUTERS
Ela renunciará na quarta-feira e será substituída pelo novo líder do Partido Trabalhista, Chris Hipkins.
Hipkins assume após ficar conhecido no país como o ministro da Covid. Ele foi o único indicado ao cargo e sua confirmação em uma reunião do partido foi em grande parte uma formalidade.
Conhecido como “Chippy”, Hipkins construiu uma reputação de competência no combate à Covid-19 e foi um solucionador de problemas para Ardern quando outros ministros do gabinete estavam enfrentando dificuldades.
Eleito pela primeira vez para o parlamento em 2008, ele se tornou um nome familiar à frente da resposta do governo à pandemia. Ele foi nomeado ministro da saúde em julho de 2020 antes de se tornar ministro de resposta à Covid no final daquele ano.
Chris Hipkins durante entrevista para canais de comunicação em 21 de janeiro de 2023 — Foto: Lucy Craymer/REUTERS
Ardern, junto com Hipkins e políticos da oposição, estavam fazendo uma visita anual a Ratana, onde uma celebração de uma semana é realizada pelo nascimento do profeta maori Tahupotiki Wiremu Ratana.
“Minha experiência geral neste cargo tem sido de amor, empatia e gentileza”, disse ela.
A primeira-ministra da Nova Zelândia Jacinda Ardern fala sobre as restrições do Covid-19 durante uma coletiva de imprensa em Wellington, em 23 de janeiro — Foto: Mark Mitchell/New Zealand Herald via AP
Ícone global de esquerda, Ardern chamou a atenção por levar seu bebê a uma reunião da ONU e usar um hijab após um massacre contra muçulmanos. Embora tenha se tornado alvo de ódio e abuso online de extremistas de direita nas redes sociais, ela disse que estava deixando o cargo com amor no coração.
“Quero que saibam que parto com mais amor e carinho pela Nova Zelândia e seu povo do que quando comecei.”
Antes de ir para o local, Ardern enfrentou a mídia possivelmente pela última vez como primeira-ministra, sorrindo amplamente ao se recusar a responder a perguntas políticas, dizendo que agora eram responsabilidade de seu sucessor.
“Estou pronta para ser muitas coisas. Estou pronta para ser uma deputada. Estou pronta para ser uma irmã e uma mãe”, disse ela.
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Por: G1
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