Autoridades americanas saudaram, nesta segunda-feira (9), uma professora ferida a bala por um aluno de seis anos, e afirmaram que ela salvou vidas ao retirar todas as crianças da sala antes de receber cuidados médicos.
Abigail Zwerner, de 25 anos, “salvou vidas na sexta-feira”, enfatizou Steve Drew, chefe de polícia de Newport News, estado da Virgínia, em uma coletiva de imprensa, em referência aos fatos ocorridos em uma aula da primeira série da Escola Primária de Richneck.
Após uma discussão com a educadora, o menino revelou uma pistola Taurus de calibre 9 mm. Em gesto defensivo, ela estendeu o braço e o menor disparou a arma, perfurando a mão e o peito da professora. Hospitalizada desde sexta, Zwerner encontra-se estável, disse Drew.
Veículos policiais são vistos estacionados do lado de fora da Richneck Elementary School — Foto: WVEC via ABC/via REUTERS
“Ela garantiu que todas as crianças tinham saído e foi a última a deixar a sala de aula”, contou. “Acredito que ela salvou vidas, pois não sei o que mais poderia ter acontecido se as crianças tivessem ficado.”
Quando as autoridades chegaram, alguns minutos depois, uma funcionária da escola tentava controlar o garoto, que bateu nela várias vezes antes de ser levado em um carro de polícia.
Entre 16 e 20 crianças estavam na sala no momento do incidente e nenhuma outra pessoa, além da professora, ficou ferida.
Steve Drew, chefe de polícia de Newport News, estado da Virgínia, em uma coletiva de imprensa — Foto: NBC
De acordo com o chefe de polícia, os pais do menino tiveram sua custódia removida temporariamente e ele foi internado em um centro médico, onde ainda estava nesta segunda-feira. A arma de fogo havia sido comprada legalmente por sua mãe.
Tiroteios em escolas devastam os EUA, com tragédias recentes incluindo o assassinato em maio passado de 19 crianças e dois professores em Uvalde, Texas, por um atirador de 18 anos.
Segundo o Gun Violence Archive, houve cerca de 44 mil mortes relacionadas a armas de fogo nos EUA no ano passado, cerca de metade das quais foram casos de assassinatos, acidentes e legítima defesa. A outra metade foi de suicídios.
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Por: G1
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