Ao longo de 47 anos foram muitas as vidas mudadas por Beth Rovai, que comanda a Ong Casa da Vó Benedita, em Santos, no litoral de São Paulo. A missão dada a essa mulher, que carrega no peito o verdadeiro coração de mãe, embora seja conhecida como ‘Tia Beth’, é sempre a mesma: receber crianças em situação de abandono ou vítimas de maus-tratos, cuidar e prepará-las até que possam voltar para casa ou ser adotadas.
Beth trabalha com aproximadamente 20 crianças e adolescentes na casa localizada na Rua Carlos Caldeira, 675, no Jardim Santa Maria, na Zona Noroeste. Ela recebe desde bebês a adolescentes e conta que o objetivo inicial é ficar com os atendidos até que as famílias se reestruturem para recebê-los de volta. Caso esse cenário não seja possível a adoção se torna uma opção.
A mulher que já atendeu centenas de crianças nessas quase cinco décadas conta que, no passado, as crianças dava entrada na casa devido aos maus-tratos praticados pelos pais, mas, hoje, a situação mudou e são as drogas que têm acabado com as famílias, sendo o principal motivo de separação destas.
Beth com crianças na Casa da Vó Benedita; são 47 anos de amor e dedicação — Foto: A Tribuna Jornal
“Meu sentimento por criança foi só evoluindo. Cada vez que vinha uma criança eu tinha certeza que aquilo que eu estava fazendo era o que eu gostaria de fazer. E até hoje quando uma criança sai, seja por uma adoção ou para família (voltar para casa) quando ela sai bem, ao mesmo tempo que pensa: poxa, vou sentir falta, você fala: que bom para essa criança, porque você trabalha para a recolocação em família”, revela.
O contato com muitas dessas crianças continua até hoje, com encontros e trocas muito satisfatórias, segundo Beth, que hoje está com 71 anos, e se enche de orgulho em ver que a missão vale à pena, ao ver como aquelas crianças e adolescentes conseguiram encontrar um lar, construir as vidas e formar famílias.
A diretora-presidente da Ong contou ainda que as crianças costumam ficar na casa por seis meses, que recebem todo o acompanhamento e apoio, assim como as famílias delas – antes, durante e depois do retorno ao lar.
Beth contou que a Casa da Vó Benedita conta com três unidades, o lar, uma creche e um bazar, de onde conseguem recursos para ajudar a manter a entidade, que, segundo ela, está sempre precisando de recursos devido às dificuldades financeiras para sustentar a ação. Ela deixou à disposição o site da Casa da Vó Benedita, bem como as portas da casa aberta para quem quiser conhecer o trabalho. Basta acessar aqui.
Você confere esse bate-papo no podcast ou videocast do Baixada em Pauta. O acesso pode ser feito nesta matéria, na home do g1 Santos, nos aplicativos de áudios favoritos ou pelo Facebook. É só curtir e nos seguir!
Beth Rovai conversou com os jornalistas Gustavo Zanaroli (ao fundo), Luiz Linna (à esq) e Matheus Müller (à dir) — Foto: Marcelo Junqueira/TV Tribuna
Um podcast é como se fosse um programa de rádio, mas não é: em vez de ter uma hora certa para ir ao ar, pode ser ouvido quando e onde a gente quiser. E em vez de sintonizar numa estação de rádio, a gente acha na internet. De graça.
Dá para escutar num site, numa plataforma de música ou num aplicativo só de podcast no celular, para ir ouvindo quando a gente preferir: no trânsito, lavando louça, na praia, na academia…
Os podcasts podem ser temáticos, contar uma história única, trazer debates ou simplesmente conversas sobre os mais diversos assuntos. É possível ouvir episódios avulsos ou assinar um podcast – de graça – e, assim, ser avisado sempre que um novo episódio for publicado.
VÍDEOS: Mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias
Publicar comentários (0)