“Nosso tema programado inicialmente era o aniversário de 25 anos da escola (completados em 2021), mas como não realizamos o Carnaval, devido à pandemia, optamos por mudar”, afirma Wellington dos Reis Delgado, presidente da agremiação.
A ideia, então, foi pedir as bênçãos de Ogum, orixá representado pela figura de um guerreiro. Ele é considerado o mais próximo dos seres humanos depois de Exu. Ogum é um orixá geralmente associado à guerra e ao fogo.
A inspiração da Bandeirantes do Saboó está na luta das pessoas contra a pandemia e para resolver as necessidades do cotidiano.
“Nossa carnavalesca Edilene Florentino desenvolveu o enredo após conversarmos e pedirmos permissão ao Pai Oya Gindê. Vamos falar sobre a história do orixá Ogum de forma leve, contando com suas bênçãos para vencer a nossa grande demanda, que é o Carnaval”, conta.
Uma das grandes apostas da escola é o samba, de autoria de Toninho 44, Michel Mich e Ademarzinho do Cavaco, que será defendido por Agnaldo Amaral.
“É um dos sambas mais bonitos e empolgantes da história de nossa escola e já está disponível em todas as plataformas digitais”, anuncia Delgado.
Com 400 componentes em dez alas, a Bandeirantes do Saboó terá um peso emocional extra quando entrar na passarela na noite de 10 de fevereiro. Na noite de 3 de junho de 2020, a agremiação perdeu Geraldo Paixão, o Gera. Ele sofreu um infarto fulminante em Aracaju (SE), onde passava a quarentena em isolamento social com a família.
“Após esse triste fato, eu me tornei o presidente da escola. Então, também é minha estreia, comandando uma agremiação aos 32 anos, com muito para provar e, principalmente, honrar todos que já tiveram essa missão. A Bandeirantes virá com tudo, para emocionar quem estiver conosco na avenida, orgulhando os que já se foram e, agora, nos olham lá do céu”, emociona-se Wellington Delgado.
Nome: Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Acadêmicos Bandeirantes do Saboó
Fundação: 1 de maio de 1996
Bairro: Saboó
Melhor Colocação: Campeã do Grupo de Acesso em 2014
Componentes: 400
Alas: 10
Alegorias: 1 carro e 1 quadripé
“No Rufar do Tambor Exalto meu Protetor! Salve Ogum”
Ogunhê, meu pai Ogum!
Vencedor de demandas … Eu sou mais um!
Água de benzer, arruda e guiné
A Band chegou carregada de axé!
Meu samba firma o ponto no ilê
E faz dessa avenida, o seu congá
A energia do Orum e do Ayê
Abre os caminhos, minha escola vai passar
Incorporado, sinto a magia
E as bênçãos de Oxalá!
A humanidade assim aprendia
Com a sabedoria do guerreiro orixá
Amor e razão, divide seu peito
E pelos terreiros, vão sempre lembrar
Que um dia o “pioneiro”
Se perdeu para se encontrar … ( bis )
Ora iê iê ô.. mamãe Oxum é sedução
Deságua … a força guardiã!
Na ponta da lança, renasce o amor
Epahey, Iansã…
A ferro e fogo, forjando o destino
Faz um menino virar um leão
A ordem divina é o caminho
Trago no sangue o fogo da paixão
Prepara o feijão, cerveja na mesa
Ajeum, pimenta para arder
Já mandei botar dendê (bis)
Ôôô… Salve essa gente bamba
Ôôô… Padroeiro do meu samba
No rufar do tambor,
Ecoa numa só voz…
Cuidai de nós!
Compositores: Ademarzinho do Cavaco, Michel Mich e Toninho 44.
Intérprete: Agnaldo Amaral
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