Um pequeno barco que transportava migrantes afundou nesta quarta-feira (14) nas águas quase congeladas do Canal da Mancha, que divide a Inglaterra e a França, e quatro pessoas que estavam a bordo morreram por hipotermia.
Autoridades inglesas e francesas, que participam dos trabalhos de resgate, ainda não informaram a identidade dos mortos. Fontes policiais disseram à imprensa britânica que dezenas seguem desaparecidos.
Segundo a polícia, 47 pessoas estavam na embarcação, que tentavam cruzar o Canal da Mancha, uma rota comum entre migrantes que entram na Europa e querem chegar ao Reino Unido (leia mais abaixo). O barco virou na costa oeste da Inglaterra.
“Estamos cientes de um incidente nas águas do Reino Unido e todas as agências relevantes estão apoiando uma resposta coordenada”, disse um porta-voz do governo. “Mais detalhes serão fornecidos no devido tempo.”
Neste caso, autoridades buscam por desparecidos em águas quase congeladas – a embarcação cruzou o Canal da Mancha em uma semana em que as temperaturas despencaram na região. Na cidade mais próxima ao acidente, no sudoeste da Inglaterra, a temperatura nesta manhã era de 2ºC.
Migrantes caminham em praia francesa após serem resgatados pela Marinha da França, em 29 de novembro de 2022. — Foto: Pascal Rossignol/ Reuters
O novo acidente ocorre também um dia depois de o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak – filho de imigrantes -, revelar planos para endurecer as leis para impedir que pequenos barcos cruzem o Canal da Mancha, incluindo legislação para proibir que migrantes vindos dessa travessia permaneçam no país.
Pela Legislação atual, um migrante que chegue no Reino Unido de forma ilegal é levado a centros de acolhimento enquanto autoridades locais avaliam se a pessoa tem direito a receber um visto de refugiado, no caso de estar comprovadamente fugindo de um país em guerra ou perseguição por questões étnicas, religiosas, de etnia ou orientação sexual.
O número de pessoas que cruzam o Canal da Mancha aumentou consideravelmente este ano — Foto: GETTY IMAGES
A travessia de migrantes em pequenas embarcações e até botes infláveis pelo Canal da Mancha se tornou uma rota mais recorrente este ano. No total, segundo a OIM, mais de 40.000 pessoas fizeram a perigosa travessia – sujeita a ventos fortes e mar agitado -, um número recorde.
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Por: G1
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