O escândalo contra ele eclodiu em junho de 2022, quando o antigo chefe dos serviços secretos sul-africanos Arthur Fraser disse que Ramaphosa escondia uma grande quantia de dinheiro em um sofá na sua fazenda, em Phala Phala.
As forças policiais do país, então, começaram a investigar a origem do dinheiro. Fraser soube da quantia depois que o móvel foi roubado em fevereiro de 2020 por criminosos. Na ocasião, Ramaphosa não comunicou o crime à polícia.
Após o roubo, o presidente da África do Sul mandou agentes de sua guarda pessoal procurarem os assaltantes ao invés de denunciar o crime. Fraser disse que Ramaphosa escondia pelo menos US$ 4 milhões em dinheiro na sua fazenda e acusou o presidente de lavagem de dinheiro e violação de leis de controle de moeda estrangeira.
Depois, Ramaphosa confirmou o roubo, mas disse que a quantia roubada foi menor do que a alegada – cerca de US$ 580 mil – e negou ter tentado encobrir o caso. Ele disse que o dinheiro provinha da venda de gado.
O BC então abriu uma investigação para entender se foram fraudadas as regras de controle cambial, já que a moeda local é chamada de rand e o dinheiro roubado era em dólar. Na cotação desta segunda, um rand equivale a US$ 0,26.
Em nota, o Banco Central declarou que não pôde concluir se houve qualquer violação por parte do presidente da África do Sul. O órgão não deu detalhes sobre o caso, apenas justificou que relatório final do processo – que demorou aproximadamente um ano para ser concluído – não será divulgado.
O g1 entrou em contato com o Banco para entender os motivos de não terem concluído o processo, mas não teve retorno até o momento. Até a última atualização desta matéria, o presidente sul-africano não se posicionou sobre a decisão do BC.
Ramaphosa é um dos homens mais ricos da África do Sul e ascendeu à Presidência em 2018, com discurso de combate à corrupção, em contraponto com os escândalos que atingiram seu antecessor, o ex-presidente Jacob Zuma.
Nesta segunda-feira (21), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou na África do Sul para participar da cúpula de líderes dos países do Brics. A viagem pelo continente africano também incluirá visitas a Angola e São Tomé e Príncipe.
A África do Sul abrigará a 15ª Cúpula dos chefes de Estado do bloco. Além de Lula, estarão presentes os presidentes Cyril Ramaphosa, da África do Sul, e Xi Jinping, da China, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participará de forma remota.
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro com o Presidente República da África do Sul, Cyril Ramaphosa — Foto: Ricardo Stuckert/PR
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Por: G1
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