Presidente dos EUA, Joe Biden — Foto: REUTERS/Kevin Lamarque
“Israel disse que cabe ao Hamas, se eles quiserem fazer isso [liberação dos reféns], poderíamos encerrar amanhã. E o cessar-fogo começaria amanhã”, declarou Biden após de evitar o assunto em outras três ocasiões na sexta-feira (10).
O presidente levantou a questão após advertir Israel na quarta-feira (8) de que ele deixaria de fornecer projéteis de artilharia e outras armas se suas forças atacassem a cidade de Rafah, no sul de Gaza. Ele lamentou o fato de civis terem sido mortos pelo lançamento de bombas americanas.
“Se eles entrarem em Rafah, não vou fornecer as armas usadas… para lidar com as cidades”, assegurou Biden em entrevista à CNN. “Nós não vamos fornecer as armas e os projéteis de artilharia que forem usados.”
Até agora, Hamas e Israel não conseguiram chegar a um acordo de cessar-fogo, apesar de repetidas rodadas de negociações indiretas.
Cerca de 250 pessoas foram sequestradas e levadas como reféns para a Faixa de Gaza em 7 de outubro, quando militantes do Hamas atacaram o sul de Israel. Autoridades israelenses dizem que 128 delas ainda estão no território palestino e estimam que pelo menos 36 delas estão mortas.
O ataque do Hamas resultou na morte de mais de 1.170 pessoas, principalmente civis, de acordo com um levantamento da AFP com base em números oficiais israelenses.
Na campanha militar retaliatória de Israel em Gaza, pelo menos 34.971 pessoas foram mortas até agora, a maioria mulheres e crianças, segundo o ministério da saúde do território controlado pelo Hamas.
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