O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de um momento que podemos considerar histórico para a internet, no Brasil, ao bater vários recordes numéricos no Flow Podcast. Entre os assuntos abordados, quero chamar atenção, no artigo de hoje, sobre esta afirmação: “Jesus morreu, porque um cara lavou as mãos”.
A declaração do presidente foi uma resposta ao posicionamento do apresentador, Igor Coelho, ao dizer que não apoia ninguém nas eleições e que poderá votar nulo. O presidente Bolsonaro, portanto, fez uma crítica à abstenção da direita nas urnas eletrônicas, usando a morte de Jesus como exemplo.
Conforme ensina a Bíblia e a história, Pôncio Pilatos foi o responsável pelo julgamento de Jesus Cristo, após este ter sido acusado de subverter a ordem religiosa local, entre os judeus. Diante de tal responsabilidade, o registro nos diz que o governador romano na Judeia decidiu simplesmente “lavar as mãos”.
Em outras palavras, Pilatos jogou a decisão do seu julgamento para o público. Como resultado, entre Jesus e o assassino Barrabás, o público optou pela liberdade do criminoso. A moral da história está na consequência de uma decisão pessoal diante da responsabilidade da escolha, cujo resultado foi a morte de Cristo.
A LIÇÃO QUANTO AO VOTO NULO
Podemos trazer essa analogia feita por Bolsonaro para a questão do voto nulo. Isso porque, na prática, muitos acreditam que votar nulo caracteriza um posicionamento eleitoral. Mas, será? Ora, o próprio nome já é autodescritivo.
Anular o seu voto é o mesmo que lavar as mãos, exatamente como fez Pilatos. Porque, na prática, é abrir mão do seu direito de escolher. E, portanto, influenciar diretamente no resultado de um julgamento; em nosso caso, a escolha de um candidato.
A grande preocupação da nossa parte é que a esquerda é muito mais decisiva em relação ao voto, diferentemente da direita. Ou seja, parece haver um senso de união muito mais forte entre os eleitores do outro lado, do que do nosso.
Assim, a abstenção do voto por parte da direita significa o fortalecimento da esquerda. O resultado disso é a vitória de figuras que dificilmente chegariam ao poder se houvesse, de fato, uma ampla participação popular. No Chile mesmo, a ausência de votos válidos foi de 53%, segundo o El País, e o presidente eleito foi um esquerdista radical.
No Brasil, temos um grande número de pessoas relatando o desejo de não votar, ecoando o “nem um, nem outro”, o que poderá se refletir diretamente no resultado das eleições, mas na forma de tragédia, assim como ocorreu no Chile.
Votar, portanto, é um ato de responsabilidade que implica na escolha consciente de seus representantes. Lembre-se de que você não ajudará em nada o Brasil se anular o seu voto nas eleições. Independentemente de qual seja o seu candidato, vote! Arrisque, se for preciso, mas não lave as suas mãos, pois a consequência disso poderá ser trágica.
Marisa Lobo possui graduação em Psicologia, é pós-graduada em Filosofia de Direitos Humanos e em Saúde Mental e tem habilitação para Magistério Superior.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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