O Corpo de Bombeiros suspendeu, por tempo indeterminado, as buscas pelo velejador Edison Gloeden, de 66 anos, e o veleiro dele ‘Sufoco’, desaparecidos desde o dia 15 de janeiro. Edison saiu da sede náutica de um clube em Santos, no litoral de São Paulo, para testar o piloto automático recém instalado na embarcação e não foi mais visto. A Marinha e grupos de voluntários ainda permanecem realizando buscas, que já duram mais de uma semana.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a participação das equipes foi suspensa devido o esgotamento dos meios de busca que foram utilizados durante os nove dias de procura pelo veleiro.
Por meio de nota, a corporação informou que levou em consideração a capacidade das embarcações e aeronaves disponibilizadas, as limitações operacionais por conta do combustível e o limite legal de navegabilidade, que restringe o afastamento da costa brasileira de acordo com a habilitação náutica dos operadores das embarcações.
O Corpo de Bombeiros empregou duas embarcações e um helicóptero para localizar o velejador e o veleiro. Além das buscas feitas por guarda-vidas em terra, motos aquáticas e botes de salvamento inflável também foram utilizados.
A Marinha do Brasil permanece disponibilizando sete embarcações para encontrar a veleiro e o condutor. Segundo apurado pela TV Tribuna, afiliada a Globo, a operação de Busca e Salvamento (SAR) se estendeu pelo litoral dos estados do Rio de Janeiro (RJ), Paraná (PR) e Santa Catarina (SC) ao longo da última semana. De acordo com a Marinha, as buscas consideram padrões técnicos e históricos, as ações de ventos, marés e correntes de deriva da região.
A família e os amigos de Gloeden pagaram por conta própria um pequeno avião para realizar as buscas aéreas até a última sexta-feira (20). Agora, um avião da Força Aérea e seis aeronaves da Marinha, que foram designados para participar do rastreio, continuam os trabalhos.
No total, a Polícia Militar disponibilizou 18 embarcações e cinco aeronaves do Comando de Aviação da PM do Estado de São Paulo, que percorrem 500 km² de extensão da faixa litorânea do estado diariamente. Segundo a Marinha, as equipes já navegaram mais de 10 mil milhas e percorreram cerca de 32 horas de voo em prol da operação.
O Salvamar Sul-Sudeste, o Serviço de Busca e Salvamento da Marinha, ainda emitiu um aviso aos navegantes via rádio para alertar e pedir apoio de todas as embarcações que naveguem nas áreas de alcance. Até esta terça-feira (24), não foram encontrados novos indícios que pudessem contribuir para a localização da embarcação e de Edison Gloeden, segundo a Marinha.
Velejador desaparece após sair de marina de Guarujá, no litoral de SP. — Foto: Reprodução/Redes Sociais
O velejador Edison Gloeden, de 66 anos, desapareceu após sair da sede náutica do Clube Internacional de Regatas e não avisou ninguém que sairia com o barco. Ele foi definido como ‘capitão experiente’ pelos colegas mais próximos, ouvidos pelo g1.
As buscas do Corpo de Bombeiros e Marinha começaram na segunda-feira (16), quando ainda se limitavam apenas à costa e ao mar aberto de Bertioga, Praia Grande e um trecho de São Sebastião. Os locais, segundo aos bombeiros, foram escolhidos por estarem nas proximidades de ilhas de refúgio.
De acordo com o navegador Herman Junior, que criou o site Inavigate, Edison saiu com equipamentos de ótima qualidade e não fez contatos com o grupo. “Ele estaria a 120 milhas de distância da costa [algo em torno de 200 km], muito além da laje de Santos].
Herman acredita que, se Edison manteve o veleiro ‘Sufoco’ no piloto automático e com tanque cheio, a embarcação seria capaz de navegar por até 30 horas. Diante desse possível cenário, o veleiro pode ter seguido por 120 milhas de distância da costa e ficado à deriva – mais longe que as ilhas de Alcatraz e da Queimada Grande.
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