Brasileira confecciona e vende biquínis biodegradáveis na França; vídeo – Crédito: Anna Muckerman
Uma brasileira que mora na França resolveu produzir biquínis biodegradáveis para vender na Europa. Além do material, investe em cores vivas que, segundo ela, dá o ‘toque brasileiro’. Em conversa com o g1, Mariana Kocsis Aun diz que trabalha com a produção de moda praia sustentável por se preocupar com o meio ambiente. A previsão de lançamento é para o dia 21 de junho, primeiro dia do verão europeu.
A estilista abriu a empresa em Bertioga, no litoral de São Paulo, porém, mora há 7 anos na França, onde estudou Moda e Alta Costura, e iniciou a confecção dos biquínis biodegradáveis. “Escolhi produzir biquínis ecológicos. Não queria ver mais uma empresa que não se preocupa com o impacto no mundo. Quero ter a minha consciência tranquila por fazer a minha parte, mesmo começando pequena e sozinha”, explica.
Modelo francesa posa com o biquíni biodegradável produzido por brasileira — Foto: Divulgação/Anna Muckerman
Mariana também é formada em Relações Internacionais e Comércio Exterior, profissão que, segundo ela, deu uma visão mais abrangente sobre as necessidades do mercado Europeu. Ela afirma que os franceses são mais abertos às necessidades da responsabilidade socioeconômica.
“Os biquínis e até os vestuários disponíveis no mercado daqui ignoram esse aspecto [socioeconômico], além de serem produtos muito básicos e tristes, precisando de um toque do nosso charme e cores brasileiras. A marca também preza pelo respeito do corpo da mulher de todos os tamanhos e formas”, diz.
Coleção deve ser lançada dia 21 de junho, em cidade francesa — Foto: Divulgação/Anna Muckerman
A empreendedora relata também, que, além das cores alegres e do material sustentável, os biquínis são dupla face e pode ser amarrados de diversas formas, o que ajuda a reduzir a quantidade de matéria-prima.
O tecido utilizado nas confecções é chamado de ‘amni soul eco’, um fio de poliamida 6.6, inventado no Brasil e que demora de três a cinco anos se decompor, depois de descartado.
Biquínis são dupla face e podem ser amarrados de diferentes maneiras — Foto: Arquivo pessoal
“Ele [tecido] tem exatamente a mesma textura de um tecido de moda praia comum de boa qualidade. Não vai se decompor no armário, pois foi desenvolvido com um fio que permite a degradação mais rápida quando jogado em lixões, destino normal das lingeries e biquínis usados”, afirma.
Por ser um material raro e ter poucas empresas produzindo essa tecnologia, o preço é superior aos biquínis não biodegradáveis. “O valor infelizmente ainda é duas vezes maior que um tecido comum. É um mercado que poucas empresas estão explorando no Brasil, apesar do Brasil ser o maior produtor e consumidor de moda praia do mundo”, relata.
Empreendedora conta que resolveu dar um toque brasileiro na confecção, produzindo moda praia com cores ‘alegres’ — Foto: Arquivo pessoal
A previsão de lançamento é para o dia 21 de junho, primeiro dia de verão na Europa. Acontecerá um desfile em Nice, cidade francesa, com apresentação de maracatu e samba ao vivo.
“A marca é produzida no Brasil, mas, por enquanto, a primeira coleção está sendo 100% destinada à exportação. Pretendo criar uma coleção para o Brasil e, no final deste ano, realizar a venda dos biquínis em Bertioga e no Litoral Paulista”, diz.
Estilista afirma que pensou na preservação do meio ambiente ao decidir produzir biquínis biodegradáveis — Foto: Arquivo pessoal
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