Israel foi bombardeado pelo movimento islâmico Hamas no sábado (7) e, desde então, declarou guerra. Flavia nasceu e cresceu em Santos, no litoral de São Paulo, mas foi para Israel em 1995. Ela se casou com um israelense e teve os dois filhos no país. Atualmente, a auxiliar de professora mora em um município com aproximadamente 60 mil habitantes.
Segundo Flavia, um anúncio do portal nacional de emergência do Exército, na noite de segunda-feira (9), assustou a população. Ela conta que a declaração foi transmitida na televisão.
“Falaram que a gente tinha que guardar alimentos por pelo menos 72 horas. Todo mundo entrou em pânico”, relatou.
Ao g1, a santista contou que foi a um supermercado nesta terça-feira (10) e encontrou um cenário de prateleiras vazias. “Estava uma loucura. As pessoas enchendo os carrinhos com papel higiênico, água, alimentos para crianças e fraldas, com medo que vá acabar”, afirmou.
“Falaram para deixar nesse quarto de segurança alguma comida, algum mantimento. Eu deixei umas latas de milho em conserva, atum, garrafas d’água e copos”, afirmou.
Quarto de segurança de Flavia é o closet. Cômodo possui porta pesada, janelas de ferro e paredes reforçadas — Foto: Arquivo Pessoal/Flavia Szafir
De acordo com a santista, algumas pessoas compraram comidas suficientes para manter um estoque, mas ela optou por não chegar fazer o mesmo. “O dono de uma rede de supermercados falou na televisão que Israel tem os mantimentos. Estão entrando nos portos os navios com as cargas, não vai faltar nada. Acho que as pessoas estão se acalmando”, relatou.
Ainda segundo Flavia, um representante do portal nacional de emergência também se manifestou para acalmar a população, alertando que a orientação dos mantimentos era válida para as cidades mais próximas da Faixa de Gaza.
Israel ataca porto na faixa de Gaza — Foto: REUTERS/Mohammed Salem
Segundo Flavia, o seu filho mais velho, de 25 anos, foi chamado para o Exército nesta segunda-feira (9). “Ele é reservista”, afirmou. O jovem atua em uma área de computação e ele volta para a casa todos os dias.
“Está em uma base do Exército. Ele não está na linha de frente, graças a Deus”, enfatizou.
Mesmo sabendo que o jovem voltará para casa, a santista pede para que o filho ligue com frequência avisando que está bem. “Quero saber do meu filho toda hora”.
Ela contou que todas as vezes que ele é chamado, fica preocupada. “Sei que essa batalha está mais forte, o terrorismo foi maior, foi uma barbaridade. Então, as pessoas aqui estão muito tensas e está difícil”, finalizou.
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Por: G1
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