Brasileiro que viajou ao espaço com bilionário morto em submarino lamenta: ‘Dia terrível’

Nesta quinta-feira (22), a Guarda Costeira dos EUA confirmou que o submarino com cinco pessoas que desapareceu no último domingo (18), e mobilizava buscas desde então, implodiu. Segundo a corporação, todos a bordo morreram.

No início da noite, Hespanha lamentou a morte do companheiro de viagem espacial no Twitter (veja abaixo).

“Que dia terrível, tão triste! Tínhamos fé até o fim de que o encontraríamos em segurança. Não apenas nossa tripulação, mas o mundo perde uma pessoa brilhante com um coração incrível! Agradeço a Deus por me conceder o privilégio de caminhar brevemente ao seu lado, Astronauta Hamish Harding.”

Hamish Harding era cofundador e presidente da Action Aviation, especializada em serviços de aviação e aeroespaciais. No domingo, a empresa postou nas redes sociais que Harding estava a bordo do submarino.

O bilionário estudou ciências naturais e engenharia química em Cambridge, e é aviador (tem licença de piloto de transporte aéreo também de jatos) e paraquedista, de acordo com o jornal “The Guardian”.

Em 2019, ele integrou a tripulação do voo que quebrou o recorde mundial de circunavegação mais rápida do globo, entre os polos Norte e Sul.

Na época, antes da viagem, o bilionário disse ao jornal The National que sempre quis ir ao espaço e explicou o que faria quando estivesse na missão.

“Muitos astronautas com quem conversei no passado disseram que a melhor coisa a fazer quando você está no espaço não é necessariamente apenas voar em gravidade zero, é na verdade olhar pela janela e olhar para a Terra, e ver a Terra como ela é, como um lugar bem pequeno.”

Ainda segundo o The National, Harding disse que levaria à viagem espacial um copo de isopor que ele também havia carregado consigo em uma expedição ao fundo da Fossa das Marianas, o ponto mais profundo dos oceanos no mundo.

Um copo de isopor também era oferecido pela OceanGate, empresa que organizava a expedição de submarino até o Titanic, como suvenir da viagem. O objeto era mergulhado até o navio, pelo lado de fora do submarino, e tinha contato com o Titanic. Por causa da pressão do mar, o isopor ficava amassado.