Serpente peçonhenta é ‘encontrada’ por cadela em oficina no litoral de SP
A Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura de Peruíbe, no litoral de São Paulo, resgatou uma serpente peçonhenta ‘escondida’ em uma oficina de torno e solda na cidade. Conforme apurado pelo g1, uma cadela, que estava no estabelecimento, ‘alertou’ a tutora sobre a presença do animal (veja o vídeo acima).
O resgate da serpente de espécie Bothrops Jararaca aconteceu na última quinta-feira (5), no bairro Balneário Antônio Novaes. Segundo a Prefeitura de Peruíbe (SP), o animal foi solto em uma área de vegetação “distante de habitações e influência humana direta” no município.
Ao g1, a tutora da cadela, Adriana Souza, de 49 anos, contou que sentiu medo ao ver a serpente, uma vez que sabia sobre a periculosidade do animal.
“Percebi que a minha cachorra estava ‘fixa’ em uma posição específica, era embaixo da bancada onde guardo as minhas ferramentas. Mel [cadela] não parava de enfiar o focinho lá, percebi que tentava abocanhar alguma coisa. Inicialmente, pensei que fosse um rato, mas quando me ajoelhei para ver o que era, vi a serpente enrolada com a cabeça levantada, como se estivesse armando o bote”, lembrou.
De imediato, Adriana tirou a cadela do local e acionou o órgão responsável. O biólogo Thiago Malpighi, que realizou o resgate, explicou que a serpente se movia “mais lentamente”, pois recentemente tinha ingerido uma presa, provavelmente um roedor.
Cadela ‘encontra’ serpente peçonhenta em oficina, em Peruíbe (SP) — Foto: Arquivo Pessoal
O especialista acrescentou que os acidentes com maior relevância epidemiológica na região são causados por animais desta espécie. No Brasil, a Jararaca é o motivo de aproximadamente 90% das ocorrências com serpentes. No entanto, ele afirmou também que é comum encontrá-las em área urbana, pois buscam alimento e abrigo.
“Ao encontrar uma serpente, mantenha à distância e contato visual até que as equipes cheguem para capturar. Em caso de acidente, a orientação é que busque atendimento médico, o mais breve possível, na unidade de saúde mais próxima. Não deve ser feito torniquete, incisão, sucção ou qualquer medida caseira, como a aplicação ou ingestão de substâncias”, finalizou o biólogo.
Acidentes com maior relevância epidemiológica na região são causados por Jararacas, segundo biólogo — Foto: Arquivo Pessoal
Publicar comentários (0)