“Nosso maior medo eram as anestesias durante esses 18 dias. Mas a força do amor e das orações de todos nos trouxeram a vitória!”, declarou a tutora de Magali, Thaís Câmara, de 27 anos.
Antes de iniciar a radioterapia, Magali passou por cirurgia — Foto: Thaís Câmara
As 18 sessões de radioterapia foram realizadas na capital. Elas começaram no dia 17 de novembro e terminaram em 12 de dezembro de 2022. “Saíamos de casa de segunda a sexta-feira às 4h30 da manhã para o tratamento. Magali entrava às 8h da manhã na sala e era anestesiada para receber a radiação. Durante os 18 dias, às vezes ela saia mais caidinha, outros dias sem apetite, mas sempre com aqueles olhinhos felizes ao nosso encontro”, lembrou a tutora.
Durante 18 dias os tutores de Magali, que moram em Guarujá, a levaram à capital para as sessões de radiação — Foto: Arquivo pessoal
A emoção pela última sessão foi tanta que Thaís e Fabrício Moraes, os tutores de Magali, organizaram uma carreata que partiu em buzinaço de Guarujá a São Paulo. O casal e Magali ganharam a companhia das três ‘irmãs de patas: Mel, Maggie e Maya (foto da turma abaixo).
“Enfeitamos o carro todo, foi incrível. Assim que entramos na rodovia as buzinas começaram. A cada buzina era impossível não escorrer uma lágrima. As pessoas batiam palmas e os motoqueiros acenavam comemorando com as mãos. Também passamos por uma blitz e os policiais bateram palmas para o nosso carro. Foi inesquecível”, relatou Thaís.
Além dos tutores, Magali foi para a última sessão de radioterapia acompanhada das três ‘irmãs de patas’, Mel, Maggie e Maya — Foto: Arquivo pessoal
A tutora ressaltou que a comemoração não poderia diferente, pois, segundo ela, não foi fácil viajar diariamente, investir um valor ‘fora da realidade’, além da incerteza e do medo de não saber se Magali resistiria.
“A sensação de saber que aquelas idas para São Paulo chegariam ao fim era única. Além do nosso cansaço físico e mental, a Lili [como Magali é chamada] também estava sofrendo muito com os efeitos colaterais na patinha. Eu não consegui nem pegar no sono nesse dia [da última sessão]. Pedia para ela sempre aguentar firme, pois chegaria ao fim”, desabafou.
Segundo Thaís, três meses após a conclusão do tratamento Magali passou novos exames que apontaram para a cura do câncer. “Magali está ótima! Não há vestígios da doença. Agora ela precisa ser acompanhada a cada seis meses. Ela segue sendo acompanhada agora na Baixada Santista, pelo oncologista Bruno Roque. No dia 14 de março de 2023 ‘batemos o sino da vitória'”, comemorou.
Magali, os tutores à frente e oncologista veterinário ao fundo. Eles bateram o sino com a notícia da cura do câncer — Foto: Arquivo pessoal
O g1 conversou com o oncologista veterinário Bruno Roque, que acompanha a labradora desde o diagnóstico do câncer. Ele ressaltou que a pet fez uma nova tomografia em março para avaliar se tinha resíduo do tumor e não foi visto nada. “A partir daí nós ‘batemos o sino’ e demos a alta para a Magali. Ela segue em remissão [quando não se detectam mais células cancerígenas] e sendo apenas assistida”, contou.
O especialista ressaltou que o caso de Magali foi um câncer precoce, pois, segundo ele, a doença é mais comum em pacientes idosos. “O tempo é o principal fator colaborador para a manifestação dos tumores, junto com a exposição a substâncias externas denominadas carcinógenos”. Estas substâncias, segundo ele, são capazes de causar danos ao DNA.
Magali passou por 18 sessões de radioterapia até a remissão do câncer — Foto: Arquivo pessoal
O oncologista acrescentou que, assim como Magali, existem pacientes jovens com câncer e que não ficaram tempo suficiente expostos a fatores externos, o que, segundo Roque, pode ser explicado por uma mutação germinativa, ou seja, os pets herdaram uma genética que manifesta a aparição da doença.
“É relativamente comum também em casos de consanguinidade [pais com o mesmo sangue, como irmãos ou primos] em cães de raça. Os criadores fazem isso [o cruzamento] para aumentar o valor de venda e a procura pelos animais, mas não existe um melhoramento genético sem que haja uma piora em outras características”, pontuou.
Ainda segundo o veterinário, de uma forma geral, existe uma ‘grande incidência’ de câncer em animais domésticos. O profissional acredita que os casos podem estar relacionados ao aumento no cuidado com os pets. “Mais cuidado contribui para que os animais vivam mais, e junto com a idade avançada vem os problemas crônicos, entre eles o câncer”.
Roque ressaltou que a medicina veterinária evolui bastante em relação aos diagnósticos. “O número de câncer em animais aumentou, pois nós estamos diagnosticando mais. Cuidamos melhor e consequentemente observamos a estatística de doenças aumentando’, finalizou.
VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos
Hoje temos nosso espaço em casa mesmo de personalizados com a história da Lili. Através da história da Lili fomos presenteados com 2 máquinas de personalizados. Então hoje estampamos caneca, mouse Pad, camisetas , chinelos, camiseta ,squeze é muito mais. A história da Lili espalhou muito amor e esperança nesse mundo. E com isso muitas pessoas se sensibilizaram com nossa história e hoje graças a tudo que passamos temos nosso espaço para ter uma renda. Para que nada falte pra elas.
E somos muito grato por tudo isso! ❤️
E as comemorações não param, fomos convidados pra comemora essa vitória em uma creche em santos junto da Lili e as irmãs , para um dia bem especial de diversão pra elas, juntos dos AUmigos!
Foram 7 meses de batalha , ontem a Lili ficou restrita de passeio, parque , praia , e as irmãs passaram por essa fase junto dela. E nada como agora comemora tudo isso juntos!
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