Moradores do litoral de São Paulo se assustaram com o surgimento de milhares de caravelas-portuguesas, animais marinhos que podem causar queimaduras graves, nas praias da Baixada Santista durante este verão. Segundo o biólogo Erick Comin, os tentáculos presentes nessa espécie, responsáveis por queimar a pele humana, podem chegar a 30 metros de comprimento.
Em entrevista à TV Tribuna, emissora afiliada da Globo, o biólogo marinho Erick Comin explicou que, caso um banhista encontre uma caravela-portuguesa na praia, a recomendação é não encostar no animal.
“A vítima, quando atingida por elas, vai coçar e estourar essas ampolas, que são essas bolhas com ‘espinhos’. Assim, eles vão penetrar na pele”, explicou o biólogo. “Ou seja, onde coçar, além de estourar nesse lugar, vai ter [a presença dos ‘espinhos’] também na mão”.
Tentáculos das caravelas-portuguesas podem chegar a 30 metros — Foto: Arquivo Pessoal/Beatriz Torres
Comin acrescentou que, caso a vítima seja uma pessoa idosa, ou mesmo uma criança, a gravidade de uma queimadura causada pode ser maior dependendo da parte do corpo atingida.
“Se uma caravela portuguesa atinge uma região abdominal ou torácica, dependendo da gravidade, a pessoa pode sofrer uma parada cardiorrespiratória e, assim, complicar o resgate”, descreveu o biólogo.
Tentáculos das caravelas-portuguesas têm paralisante que podem chegar a 30 metros — Foto: Arquivo pessoal/Rafael Ferreira
Por fim, Comin ‘desmistificou’ meios populares de tratar as queimaduras, como lavar a ferida com água doce, passar areia ou até mesmo urina.
“O indicado, na verdade, é passar vinagre. É claro que, em casos mais severos, a indicação é que a pessoa procure um pronto-socorro imediatamente”, finalizou.
Fotógrafo registra detalhes de caravelas-portuguesas durante aparição em Bertioga, SP — Foto: Rafael Mesquita
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