O carro fúnebre, que conduziu o corpo do aviador Alberto Santos Dumont, foi doado para o acervo do Museu Aeroespacial do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, e se tornou destaque nacional. O veículo fez parte da história de Guarujá, no litoral de São Paulo, onde viveu e morreu o Pai da Aviação.
O pai da aviação tirou a própria vida em 23 de julho de 1932, aos 59 anos, em um quarto do Grand Hotel La Plage. Nesta quinta-feira (20), ele completaria 150 anos.
Com base em algumas pesquisas, Mônica acredita que um dos motivos que levaram o aeronauta a tirar a própria vida no Grand Hotel La Plage foi o “desgosto com a forma com que seu invento era utilizado [em guerras]”.
O carro fúnebre que transportou o corpo de Santos Dumont é um Chevrolet Ramona preto fabricado em 1929. Segundo a Prefeitura de Guarujá, em 2022, o veículo passou por um amplo processo de restauração em Santos, sem custos aos cofres públicos. Na ocasião, o historiador João Pires fez os serviços e deu vida ao carro, que sofreu desgastes ao longo dos anos.
A ação aconteceu a partir de uma parceria da Prefeitura de Guarujá, por meio da Secretaria de Turismo (Setur), com a Memorial Necrópole Ecumênica, que doou o serviço à Cidade e que após a conclusão do restauro, permitiu que o veículo ficasse exposto no Museu de Carros Antigos.
A decisão sobre o novo destino do Chevrolet Ramona preto, fabricado em 1929, foi anunciado pelo prefeito da Guarujá, Walter Suman, no dia 23 de junho. No mesmo dia, o veículo foi transportado para a cidade carioca, com a ajuda de agentes da Aeronáutica. O carro está em um espaço especial que vai preservar a memória do gênio brasileiro, no maior e mais importante museu de aviação do Brasil.
O comandante do IV Comando da Aeronáutica (COMAER), o major-brigadeiro Luiz Cláudio Macedo dos Santos, por meio de nota, agradeceu a iniciativa da Prefeitura de Guarujá. Segundo ele, a Força Aérea Brasileira teve uma oportunidade única de receber o carro fúnebre do pai da aviação, que ficará no acervo permanente da instituição.
Santos-Dumont a bordo do Demoiselle, cuja réplica em tamanho original será exibida na exposição — Foto: Divulgação
Alberto Santos Dumont era mineiro e faleceu em Guarujá, em 1932, ao cometer suicídio no Grand Hotel La Plage (hoje Shopping La Plage), na Praia de Pitangueiras, no dia 23 de julho.
O corpo do aviador brasileiro foi conduzido no carro passando pela Avenida Puglisi, seguindo até a travessia de balsas entre Guarujá e Santos. De lá, o cortejo seguiu em direção a São Paulo, e depois para o Rio de Janeiro, onde foi sepultado.
Astrônomo amador, inventor, projetista, balonista e aviador, Santos Dumont construiu e voou nos primeiros balões dirigíveis com motor a gasolina, inaugurando a era dos voos controlados a partir de 1901, feito que o tornou uma das pessoas mais famosas do mundo no início do século XX.
Ele também foi o primeiro a decolar a bordo de um avião impulsionado por um motor a gasolina, o 14-Bis, em 1906. Voo este reconhecido pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI) e Aero Club de Paris, como o primeiro voo homologado de um veículo ‘’mais pesado que o ar’’ assistido, fotografado e filmado.
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