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Casal vende tudo para viver em Kombi pelo país e tem filho durante a viagem: Arthur Aventureiro

today31 de maio de 2022 22

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Após sofrer com depressão, um ex-guarda civil de Praia Grande, no litoral de São Paulo, resolveu doar e vender tudo o que tinha para viver na estrada, em uma Kombi, com a esposa e o filho, batizado de Arthur Aventureiro Fonseca, de dois anos. A família está desde 2019 morando no veículo e já visitou 418 cidades.

Rogério Fonseca, de 55 anos, pediu exoneração do cargo público, enquanto Alessandra Fonseca, de 38, deixou o supermercado onde trabalhava. Passado um ano, já adaptados ao novo estilo de vida, ela engravidou, mas, mesmo assim, o casal continuou a jornada.

“Doamos nossos móveis e vendemos nosso carro e moto. Compramos uma Kombi 1997, montamos uma kombi/casa, ou seja, um ‘motorhome de pobre’, e saímos viajando pelo Brasil, conhecendo lugares e pessoas, contando nossa história e divulgando nossa querida Praia Grande”, disse Fonseca.

Alessandra conta que gravidez não foi motivo para desistirem do projeto de rodar o país, embora tenham passado por dificuldades. “Foram quatro ultrassons em quatro Estados diferentes. Nosso filho nasceu quase morto em Vila Velha, no Espírito Santo, devido a uma complicação no parto”, relembra.

Refeições são feitas na cozinha do veículo adaptado — Foto: Arquivo pessoal



Após o nascimento, Arthur Aventureiro apresentou um quadro de epilepsia e, em 2020, a família voltou a Praia Grande para consultar um neuropediatra.

Naquele período, o veículo adaptado foi rifado e o casal comprou outro, com banheiro, cozinha, quarto e sala. Com a melhora de Arthur e de ‘motorhome novo’, a família voltou à estrada em abril de 2021.

Um ano após largar tudo para morar no motorhome, Alessandra Fonseca engravidou — Foto: Arquivo pessoal

Os três passaram mais um ano na estrada antes de voltar a parar o veículo em Praia Grande. Mais uma vez, o pequeno Arthur precisou de cuidados especiais, agora devido a um atraso na fala.

Enquanto a criança ainda recebe o tratamento, o motorhome passa por reforma. O objetivo do casal é voltar à estrada e viajar pela América do Sul. Em três anos e meio na estrada, os viajantes contabilizam 418 cidades visitadas. Eles afirmam, porém, que passaram por mais de mil municípios.

“Estamos parados para tratar pequenos problemas de saúde do Arthur e vamos tentar estabilizar as finanças para realizarmos o sonho de fazer os países da América do Sul. O Arthur tem epilepsia controlada por remédio. Ele começou a falar e parou. O neuropediatra acha que foi algum trauma. Ele vai fazer tratamento com psicóloga e fonoaudiólogo”, explicou Fonseca.

Arthur Aventureiro nasceu durante a viagem do casal — Foto: Arquivo pessoal

Para sobreviver na estrada, o casal vende artesanato e foto impressa em azulejo. Eles também têm um canal em uma plataforma de vídeos, onde divulgam o dia a dia e recebem ajuda de apoiadores.

Durante este período de tratamento do filho e com a necessidade de permanecer em Praia Grande, Rogério e Alessandra expõem os produtos todos os sábados em uma feira em frente a um supermercado na entrada da cidade.

Renda da família é obtida principalmente pela venda de artesanato e fotos no azulejo — Foto: Arquivo pessoal

“Não temos patrocínio. Vivemos com [o dinheiro da] venda de artesanato e foto em azulejo. Estamos trabalhando para juntar verba para dar a volta na América”, conta Fonseca, que tem dividido o tempo de moradia entre a kombi e a casa da mãe.

Melhores e piores momentos na estrada

Fonseca afirmou ao g1 que a melhor parte de passar a vida na estrada está em conhecer pessoas e criar amizades. “As paisagens são passageiras, você tira foto e daqui a pouco vai conhecer outros lugares”.

O viajante conta que as amizades são sinceras, pois, segundo ele, são feitas sem desejar algo em troca. “A gente já almoçou em casa de grandes empresários e com moradores de rua, que sentaram com a gente na praça”, contou.

Após recuperação do filho, casal pretende partir em um novo projeto — Foto: Arquivo pessoal

Sobre as dificuldades, ele relata que só passaram por um grande desfio, que foi a adaptação da vida a dois em confinamento. “No começo da viagem passamos uns três meses em adaptação. A gente quase não se via, os dois trabalhavam fora e, de repente, começamos uma convivência em um espaço fechado 24 horas por dia”.

Fonseca afirma que hoje o desafio é ficar longe da companheira. “Se um vai ao mercado e outro fica, já é um desafio para gente”, brincou.

Sonho da família é viajar pela América do Sul — Foto: Arquivo pessoal

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Todos os créditos desta notícia pertecem a G1 Santos.

Por: G1

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