A troca no comando da investigação aconteceu na última segunda-feira (13), dois dias após a morte de Rafaella. Renato Porto assumiu o caso pois a fatalidade ocorreu em na área de cobertura do 2º DP. Inicialmente, a morte e os desdobramentos foram registrados na Central de Polícia Judiciária (CPJ) com o delegado Alexandre Comin, que estava de plantão e acompanhou a ocorrência no final de semana.
Renato Porto alega que recebeu um pedido do Ministério Público (MP) para que fossem coletadas outras provas para compor o inquérito [investigação] e, dessa forma, dar andamento ao processo. Entre as solicitações: imagens de câmeras de monitoramento do prédio, relatos de testemunhas que possam fornecer mais detalhes sobre o caso e laudos periciais.
O delegado acrescenta que determinou imediatamente o prosseguimento da investigação embasada no pedido do órgão, embora ainda não tenham sido definidas datas para os depoimentos. Não foram reveladas as pessoas que serão ouvidas na delegacia.
Menina de 6 anos morre após cair do 12º andar de prédio em Praia Grande, SP — Foto: Addriana Cuttino/g1
Silêncio no prédio e ‘clima’ no bairro
O g1 esteve novamente no prédio onde a menina de 6 anos morreu. Após tentativa de contato com o pai de Rafaella pelo interfone, a equipe foi informada por um funcionário da portaria, que preferiu não se identificar, que o homem não estava no apartamento, no 12º andar.
O mesmo funcionário também alegou que todos os profissionais foram instruídos a não divulgar mais informações sobre o caso. Outros moradores do edifício também foram acionados, mas não quiseram se manifestar sobre a fatalidade.
A reportagem, entretanto, ouviu o relato de um porteiro de outro prédio na vizinhança. O profissional revelou ter ouvido “gritos por socorro e ajuda”. Ele, inclusive, disse ter deixado a guarita por alguns minutos para checar se algo acontecia no edifício em que trabalha. Ao retornar ao posto, ouviu o estrondo causado pela queda da criança.
As redes sociais de familiares de Rafaella e de pessoas que a conheceram ganharam um tom de comoção nos últimos dias. Uma tia da menina, irmã da mãe da criança, agradeceu o apoio recebido e revelou que a família está com o “coração dilacerado” após o ocorrido.
Tia de menina que caiu do 12º andar de prédio em Praia Grande (SP) publica mensagem em redes sociais — Foto: Reprodução/Redes Sociais
E o menor contato com Rafaella também foi tema de emocionados depoimentos. O g1 conversou com uma funcionária de um restaurante de São Vicente, também no litoral de São Paulo, que esteve com a menina cerca de duas semanas antes da queda da sacada.
“Ela estava muito feliz, muito alegre, uma criança cheia de energia e sorridente”, lembra Michelle Sanches. Segundo a profissional, Rafaella esteve no estabelecimento por dois dias seguidos e até fez amizade com seu filho. A mulher também registrou a emoção por meio de suas redes sociais.
Morte de Rafaella, menina de 6 anos que caiu do 12º andar de um prédio em Praia Grande (SP), gerou comoção nas redes sociais — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Uma criança de 6 anos morreu após cair do 12º andar de um prédio na madrugada deste sábado (11), no bairro Canto do Forte, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O caso ocorreu na Avenida Castelo Branco. Segundo apurado pelo g1, o pai da menina foi liberado em audiência de custódia após ser preso por abandono de incapaz com resultado de morte.
De acordo com a Polícia Civil, o comerciante de 39 anos ausentou-se do local para levar a namorada dele, de carro, até a casa dela e deixou a filha dormindo sozinha no apartamento.
A menina acordou, ficou desesperada ao ver que estava sozinha e gritou pedindo socorro na sacada do apartamento, momento em que caiu do 12º andar. A criança caiu no piso superior do estacionamento do prédio, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
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