Os outros dois foram resgatados com vida no estado de Tamaulipas, segundo o governador local, Américo Villarreal. Um mexicano não identificado também morreu no incidente.
Parentes das vítimas disseram à imprensa norte-americana que um dos sequestrados foi ao México para fazer uma cirurgia de abdominoplastia — procedimento que corrige a flacidez da pele na área abdominal — em uma clínica na cidade de Matamoros, que faz fronteira com os Estados Unidos.
Os outros três norte-americanos acompanhavam o amigo na viagem de carro. O grupo havia saído do estado da Carolina do Sul.
Segundo o canal de notícias americano ABC News, os quatro americanos são Shaeed Woodard, Zindell Brown, Latavia “Tay” McGee e Eric James Williams, sendo esses dois últimos os sobreviventes.
Logo depois de entrarem no México pela cidade de Matamoros, os homens foram parar no meio de um tiroteio entre duas facções criminosas locais, sem querer.
O grupo foi, então, rendido em plena luz do dia por bandidos armados e com coletes à prova de balas. Os homens foram levados a um lugar desconhecido na traseira de uma caminhonete.
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, se pronunciou sobre o caso e disse que uma pessoa suspeita de envolvimento com os assassinatos foi presa.
Um dos dois resgatados com vida estava ferido e foi hospitalizado, de acordo com o governador de Tamaulipas. Entretanto, o estado de saúde da vítima não foi divulgado.
O senador republicano dos EUA Lindsey Graham defendeu a introdução de legislação para classificar alguns cartéis de drogas mexicanos como “grupos terroristas estrangeiros” e preparar o terreno para usar a força militar, se necessário.
“Eu diria ao governo mexicano que, se você não limpar sua bagunça, vamos limpá-la para você”, disse ele ao canal de notícias “Fox News”.
Os cidadãos dos EUA vinham sendo procurados pelo FBI, que reportou ao governo do México o desaparecimento do grupo.
O incidente ilustra o terror que prevalece há anos em Matamoros, uma cidade dominada por facções do poderoso cartel de drogas do Golfo, que muitas vezes lutam entre si. Em meio à violência, milhares de mexicanos já desapareceram apenas no estado de Tamaulipas.
Fronteira do México com os EUA em Matamoros, Tamaulipas em foto de 2019 — Foto: Google/Reprodução
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Por: G1
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