Ao g1, Jacqueline contou que ficou muito incomodada com a situação. “Foi constrangedor, fiquei muito chateada. Isso não é coisa que se faça com ninguém. Foi uma coisa muito agressiva porque eu fiz só uma pergunta, eu não pedi outra marmita. Simplesmente questionei e obtive essa resposta”, ressalta.
A camareira trabalha em um hotel da cidade e costuma pedir marmitas para o horário de almoço. Ela já tinha comprado a comida do estabelecimento em outras ocasiões por meio de um aplicativo, mas desde que passou a pedir pelo WhatsApp do restaurante teve problemas.
“Pedi uma marmita semana retrasada, veio faltando ingrediente. Questionei e pediram desculpas dizendo que ocorreu um equívoco e não ia acontecer mais”, relata. Segundo Jacqueline, ela entendeu a situação e pediu novamente no restaurante.
Ela fez o pedido de uma marmita de arroz com legumes, tutu de feijão, sobrecoxa de frango, panqueca e couve. A compra deu R$ 29. No entanto, logo que abriu a embalagem, a mulher viu que o restaurante mandou somente feijão em vez de tutu. Por isso, ela mandou uma mensagem alertando sobre o erro.
Camareira fez o pedido de uma marmita de arroz com legumes, tutu de feijão, sobrecoxa de frango, panqueca e couve — Foto: Arquivo Pessoal/Jacqueline Pereira
“Me responderam que era tutu sim, só que estava faltando alguns ingredientes”, relembra Jacqueline, dizendo que tirou uma foto da marmita e informou que não teria motivos para mentir. Ela ainda lembrou o restaurante da situação que tinha acontecido anteriormente, quando faltou uma banana à milanesa na marmita.
Foi neste momento que ela foi surpreendida pela resposta grosseira do comércio e se revoltou. “Enviei uma mensagem novamente dizendo que se devolvesse meu dinheiro, eu não iria comer mesmo porque era uma falta de respeito. Só que silenciaram minhas mensagens e eu bloqueei a empresa”.
Por conta da situação, Jacqueline colocou a marmita em uma lixeira próxima ao hotel em que trabalha e ficou sem almoçar. “Algum morador de rua deve ter passado e pegou”, comenta.
No mesmo dia após terminar seu expediente, a camareira foi pessoalmente ao restaurante, que fica no Centro de Itanhaém, mas o estabelecimento já estava fechado. Por isso, Jacqueline postou o caso nas redes sociais e a publicação teve grande repercussão.
Foi assim que a proprietária do comércio soube do caso e entrou em contato com Jacqueline pelas redes sociais para dizer que foi uma atitude imprópria de um funcionário e se desculpar pelo ocorrido.
“Ela me pediu desculpas, disse que ia me ressarcir e me daria uma marmita de cortesia. Eu falei que independente do ressarcimento ou da marmita, o constrangimento é grande”, revela. A camareira ainda acredita que o posicionamento do estabelecimento aconteceu devido à exposição do caso nas redes sociais.
Em nota, o Restaurante Itanhaém afirmou que funciona há 12 anos no mesmo local e sempre foi elogiado pelo atendimento e comida. Por isso, foi “um caso totalmente isolado”. O comércio ainda enfatizou que não compactua com a atitude e não aceita este comportamento de nenhum colaborador. “Prezamos muito pelo nosso trabalho e nos dedicamos muito para sermos reconhecidos pelos nossos clientes”, diz o comunicado enviado ao g1.
Segundo a empresa, a equipe soube do ocorrido por outro cliente. “Chamamos o funcionário que havia cometido o erro, mostramos para ele a gravidade do problema e já o dispensamos imediatamente. Também entramos em contato com a cliente em seguida. Fizemos a devolução do valor pago e oferecemos que no dia seguinte pudéssemos mandar mais um marmitex para ela”, afirma a nota, que finaliza pedindo desculpas a todos os clientes.
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