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A quantidade de guerras e crises entre países em andamento em 2023 levou o mundo a ter gastos militares só comparáveis aos da Segunda Guerra Mundial, de acordo com um estudo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS).
O relatório, que levanta anualmente quanto cada país gastou na área, apontou um recorde de US$ 2,2 bilhões (cerca de R$ 10, 9 bilhões) em gastos mundiais na área de Defesa em 2023, um aumento de 9% na comparação com 2022. E indica que essa marca deve ser batida em 2024, tomando como base os recursos já reservados para orçamentos de vários países este ano.
O número sem precedentes na história moderna mundial foi impulsionado, principalmente, pelo aumento dos orçamentos dos países que integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), diante do temor de um conflito com a Rússia, atualmente em guerra com um vizinho de membros da aliança militar ocidental.
A Otan determina que, caso um país membro seja invadido, todos os outros devem defendê-lo.
Os Estados Unidos, que tornaram-se o principal patrocinador da Ucrânia na guerra contra a Rússia e já aprovaram pacotes de ajudas bilionárias a Israel na luta contra o Hamas, respondem sozinhos por quase metade de todos os gastos militares no mundo.
De acordo com o levantamento do IISS, Washington gastou o equivalente a 41% de todo o orçamento militar do mundo em 2023. E a chance de um enfrentamento com a Rússia fez também os outros membros da Otan aumentaram, em média, seus orçamentos em 32%, diante do ano anterior.
Já os gastos militares da Rússia não são divulgados pelo governo, mas o relatório do instituto britânico estimou que o país tenha usado um terço de todo o seu orçamento de 2023 na guerra que mantém na Ucrânia.
O estudo destaca ainda um crescimento de gastos em Defesa acima da media em países como Índia e China.
GIF mostra lançamento de míssil em testes militares da Coreia do Norte, em maio de 2023. — Foto: Arte/g1
Para além das guerras pontuais, os gastos sem precedentes na história moderna do país refletem também as mudanças no cenário geopolítico que o mundo vem sofrendo desde o início da guerra na Ucrânia, de acordo com o professor de relações internacional da Universidade Federal Fluminense (UFF) Vitelio Brustolin, também professor adjunto na Universidade de Columbia (EUA) e pesquisador da faculdade de Direito de Harvard.
“Isso é o reflexo da transformação geopolítica que nós vivemos, as maiores desde a dissolução da União Soviética”, disse Brutolin à GloboNews. “É um momento que, na academia, tem sido chamado de Guerra Fria 2.0, ou Nova Guerra Fria”.
A guerra na Ucrânia é o marco dessa mudança, de acordo com o relatório. A invasão da Rússia ao país vizinho propulsou reajustes inéditos no cenário mundial.
O mundo também viu de volta ameaças de conflito entre os EUA e a Rússia, ex-União Soviética, repetindo o contexto da Guerra Fria.
Mas o prolongamento da guerra na Ucrânia, prestas a completar dois anos, e o início da guerra entre Israel e Hamas remodelaram as configurações de disputa de poder para um cenário multipolar: atores como o Irã, a Coreia do Norte e a China começaram a reivindicar protagonismo.
E os orçamentos, disse o estudo do IISS, indicaram isso. A Índia, pela primeira vez, gastou mais do que o Reino Unido, de quem é ex-colônia. “Isso demonstra também o contexto geopolítico na região do Mar do Sul da China”, afirmou o professor Vitelio Brustolin.
“Os nossos novos dados mostram como os países estão remodelando seus planos de equipamento e despesas e como os seus laços regionais estão mudando de acordo com a realidade geopolítica”, diz o relatório.
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O estudo também mostrou preocupação com outros conflitos e pontos de tensões, como:
No relatório, os pesquisadores do IISS apontam que este é um dos momentos mais perigosos do mundo desde a Segunda Guerra Mundial, mas também indica a possibilidade de alianças para neutralizar essas ameaças.
“A atual situação de segurança militar anuncia o que será provavelmente uma década mais perigosa, caracterizada pelo aumento desmedido do poder militar, mas, também, laços de defesa bilaterais e multilaterais mais fortes em resposta”, disse o relatório.
Por: G1
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