Com risco de temporada de furacões ‘acima do normal’ nos EUA, Califórnia se prepara para evento raro

A temporada de furacões, que tem seis meses de duração, termina em 30 de novembro. Mas o primeiro evento a causar preocupação nos EUA é o Furacão Hilary, que se desloca no outro lado da costa americana e está em curso no Oceano Pacífico nas imediações do México.

Recentemente, o Hilary teve sua classificação elevada para categoria 3 na escala Saffir-Simpson, com ventos entre 178 e 208 km/h e ondas de até 2,4 metros. Ele se move a cerca de 22 km/h e provocou ventos de 165 km/h na quinta-feira (17).

Essa foi a mesma magnitude do furacão Sandy que, em 2012, provocou a morte de mais de 250 pessoas no Caribe e nos Estados Unidos.

No entanto, ciclones tropicais (nome técnico dos furacões que se formam na região dos EUA) são extremamente raros no estado norte-americano da Califórnia.

Veículos de imprensa americanos, como o “Los Angeles Times” afirmam que a região não enfrenta um evento do tipo desde 1939.

A previsão é de que o furacão deve se aproximar da península da Baixa California no fim de semana.

Segundo o Serviço Meteorológico Mexicano, o fenômeno causará chuvas muito fortes, rajadas de vento e ondas grandes que devem atingir San Diego, Los Angeles e a região do deserto do sudoeste dos Estados Unidos (Califórnia, Nevada e Arizona).

⛈️São esperadas inundações repentinas, uma vez que ele ainda deve se fortalecer nos próximos dias e atingir a categoria 3, com ventos de 178 a 208 km/h e ondas de até 3,6 metros.

Segundo a MetSul, o sul da Califórnia deve ter chuvas de 50 a 100 milímetros, e 200 a 300 mm em algumas áreas específicas.

É possível que ele se desvie para o oeste de Los Angeles, permanecendo sobre o Oceano Pacífico por mais tempo, ou vire mais para o leste e atinja o oeste do Arizona diretamente.

A atualização da NOAA para a perspectiva da temporada 2023 no Atlântico prevê entre 14 e21 tempestades nomeadas (ventos de 63- 134 km/h ou mais), das quais entre 6 e 11 podem se tornar furacões (ventos de 119 km/h ou mais), sendo que até cinco podem se tornar furacões ainda mais fortes com ventos de 178 km/h ou mais. A previsão atual da NOAA tem atualmente uma faixa de 70% de confiança.

“Os principais fatores climáticos esperados para influenciar a atividade de furacões do Atlântico em 2023 são o El Niño em curso e a fase quente da Oscilação Multidecadal do Atlântico, incluindo temperaturas recordes da superfície do mar do Atlântico”, disse Matthew Rosencrans, principal previsor da temporada de furacões do Centro de Previsão do Clima da NOAA.

“Considerando esses fatores, a perspectiva atualizada prevê mais atividade, então instamos todos a se prepararem agora para a continuação da temporada.”